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gestão participativa na semco equipamentos - Fundação Pedro ...

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esse assunto e que ele tem sido foco de vários estudos. O que as teorias que<br />

avaliaram as relações huma<strong>na</strong>s consideravam irrelevantes, como a relação do<br />

trabalhador com seu próprio trabalho, agora se tor<strong>na</strong> ponto de reflexão de<br />

pesquisadores. Com isso, percebeu-se a importância da adequação do trabalho<br />

às necessidades do ser humano que o desenvolve.<br />

Desta forma, Maximiano (2002) descreve que a administração <strong>participativa</strong><br />

resgata alguns aspectos relacio<strong>na</strong>dos à qualidade aplicada aos métodos de<br />

trabalho, vistos <strong>na</strong>s abordagens de administração clássica e da burocracia;<br />

referentes ao ambiente, a abordagem das relações huma<strong>na</strong>s; e referentes ao<br />

trabalho em si, a abordagem comportamental. O autor afirma que, avaliando<br />

esses fatores, percebe-se que a administração <strong>participativa</strong> está em sintonia com<br />

as mudanças ambientais presentes <strong>na</strong> atualidade, que exigem mudanças rápidas<br />

de postura organizacio<strong>na</strong>l.<br />

Entretanto, para Storch (1985) e Melo (1985), o conceito de gestão<br />

<strong>participativa</strong> consiste em uma forma de manipular os empregados para aumentar<br />

a eficiência da organização. Para esses autores, a empresa pode utilizar a<br />

participação como forma de cooptar os trabalhadores em prol dos seus interesses<br />

coletivos, almejando ape<strong>na</strong>s mais eficiência empresarial e mais controle<br />

burocrático. Melo (1985) argumenta que estratégias de gestão com o nome de<br />

<strong>participativa</strong>s podem se resumir especificamente em técnicas desenvolvidas por<br />

organizações com objetivos organizacio<strong>na</strong>is de produtividade e de mecanismos<br />

institucio<strong>na</strong>is de regulação de conflitos.<br />

Pateman (1992), em estudos no campo da participação no trabalho, sugere<br />

uma revisão sobre o papel da participação <strong>na</strong>s diferentes concepções teóricas e<br />

critica a imprecisão com que esse conceito é usado em situações adversas ao<br />

trabalhador.<br />

Não causa surpresa o fato de os autores de textos sobre<br />

administração não discrimi<strong>na</strong>rem, com mais cuidado, as diferentes<br />

situações <strong>participativa</strong>s, quando se considera o motivo pelo qual<br />

eles estão interessados em participação no local de trabalho. Para<br />

eles, trata-se ape<strong>na</strong>s de uma técnica a mais entre outras, que pode<br />

auxiliar no alcance do objetivo geral da empresa – a eficiência da<br />

organização... A participação pode contribuir para o aumento da<br />

eficiência, mas o que importa é que esses autores utilizam o termo<br />

“participação” não ape<strong>na</strong>s para se referir a um método de tomada<br />

de decisão, mas também para abranger técnicas utilizadas para<br />

persuadir os empregados a aceitarem decisões já tomadas pela<br />

administração (PATEMAN, 1992, p. 95).

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