gestão participativa na semco equipamentos - Fundação Pedro ...
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Como desdobramento dessa teoria, surge a teoria da contingência, que é,<br />
conforme Ferreira, Reis e Pereira (2006), uma abordagem que nega soluções<br />
universalistas, enfatizando as contingências do ambiente e da tecnologia como<br />
fatores determi<strong>na</strong>ntes da estrutura organizacio<strong>na</strong>l. Nessa teoria, busca-se<br />
identificar que tipo de organização é o mais adequado para lidar com os<br />
diferentes tipos de condições ambientais. De acordo com Cruz, “qualquer<br />
empreendimento só terá um nível elevado de organização se adotar vários<br />
modelos organizacio<strong>na</strong>is. Serão as circunstâncias, ou as contingências, que<br />
determi<strong>na</strong>rão o modelo a ser adotado pela empresa” (FERREIRA; REIS;<br />
PEREIRA, 2002, p. 48).<br />
Para Ferreira, Reis e Pereira (2006), a teoria da contingência aborda<br />
aspectos relevantes no que tange à estrutura organizacio<strong>na</strong>l. Esses autores<br />
acreditam que organizações burocráticas são mais adequadas em ambientes<br />
estáveis, enquanto ambientes marcados por mudanças requerem inovação<br />
organizacio<strong>na</strong>l e necessitam de estruturas dinâmicas e flexíveis. Eles ressalvam,<br />
ainda, que algumas partes da organização podem requerer estruturação<br />
diferenciada, mas isto pode levar a problemas de integração. Como medidas para<br />
lidar com a diferenciação e favorecer a integração departamental, estabelecem<br />
estruturas matriciais, comitês interdepartamentais, planos e políticas, equipes de<br />
projetos e forças-trabalho de caráter temporário.<br />
Na teoria da contingência não existe uma única forma ou maneira melhor<br />
para organizar; as organizações precisam ser ajustadas às condições do<br />
ambiente no qual estão inseridas (STONER; FREEMAN, 1999). Alguns aspectos<br />
são peculiares a essa abordagem: a organização é de <strong>na</strong>tureza sistêmica, ou<br />
seja, é um sistema aberto; as características organizacio<strong>na</strong>is interagem entre si e<br />
com o ambiente; as características ambientais são variáveis independentes.<br />
Ferreira, Reis e Pereira (2006) referem-se à teoria contingencial como<br />
eclética, que integra várias teorias administrativas, podendo ser consideradas<br />
mais uma ampla visão do mundo do que simplesmente um modelo em si. “Nisto<br />
reside o encanto da abordagem contingencial, mostrar uma variedade de opções<br />
à disposição do administrador. Ao administrador caberá diagnosticar a situação e<br />
escolher a abordagem mais indicada a ser aplicada no caso” (FERREIRA; REIS;<br />
PEREIRA, 2006, p. 106).