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gestão participativa na semco equipamentos - Fundação Pedro ...

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o modelo de organização reflete, consciente ou inconscientemente, a imagem de<br />

ser humano que assume a iniciativa, refletindo, assim, a importância fundamental<br />

dos valores e crenças dos criadores para a definição do que ele chamou de alma<br />

e mundo espiritual das organizações.<br />

A atitude de recrutar e selecio<strong>na</strong>r pequeno grupo de executivos no início da<br />

década de 80 ofereceu uma estrutura básica para a discussão e o<br />

desenvolvimento de uma estratégia de mudança <strong>na</strong> forma de gestão e de atuação<br />

no mercado brasileiro.<br />

Uma das contratações fundamentais neste processo de mudança foi a do<br />

entrevistado 02, que ocorrerá em um momento no qual Ricardo Semler, passava<br />

por problemas de saúde. Em seu isolamento para restabelecimento procurou<br />

ampliar seus conhecimentos sobre gestão, lendo obras de escritores famosos<br />

como Peter Drucker, Michael Porter e Henry Mintzberg, buscando soluções para<br />

mudanças <strong>na</strong> forma de gestão da Semco. A visão de uma organização mais<br />

huma<strong>na</strong>, sem sacrificar o crescimento e a lucratividade era o objetivo principal<br />

que Ricardo Semler buscava intensamente. Semler conseguiu conciliar através de<br />

um processo de seleção e recrutamento e em conjunto com os conhecimentos<br />

adquiridos em seus estudos o perfil adequado do profissio<strong>na</strong>l para ser seu diretor<br />

de recursos humanos e o qual possibilitaria realizar as mudanças tão esperadas<br />

<strong>na</strong> forma de gestão da organização.<br />

Pude visualizar a oportunidade de fazer um trabalho mais inovador<br />

nessa organização. Eu e o Ricardo queríamos demonstrar que o<br />

local de trabalho poderia ser um local de satisfação e não de<br />

sofrimento. O trabalho deveria ser um prazer e não uma obrigação.<br />

Mas isto não era ape<strong>na</strong>s uma tese humanitária. Acreditávamos que<br />

as pessoas que trabalham com prazer podem ser muito mais<br />

produtivas (Entrevistado 02).<br />

[...] A grande diferença entre o bom senso que foi conde<strong>na</strong>do pela<br />

administração científica e o bom senso a que nos referimos é que,<br />

no primeiro caso, valia o bom senso do patrão ou do chefe; e no<br />

caso da Semco, falamos em valorização do bom senso de todas as<br />

pessoas (Entrevistado 02).<br />

O entrevistado 02 ressalta que a principal característica do processo de<br />

administração <strong>participativa</strong> <strong>na</strong> Semco é a simplicidade. O modelo de gestão que<br />

fora implantado <strong>na</strong>da tinha de sofisticação, não privilegiava uma elaboração<br />

conceitual e muito menos de planejamento. Quase toda a relação capital-trabalho<br />

<strong>na</strong> Semco era baseada <strong>na</strong> intuição e no bom senso das pessoas.

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