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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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110inocente o menino, pelos demais já de antemãocondenado à cadeira elétrica. Em torno dessavoz discordante – “há sempre alguém para atrapalhare estragar a festa”, diz a certa altura umapersonagem num diálogo – gira toda a película,sem que seus atores e o drama de consciênciaque passam então a viver ultrapassem as quatroparedes da sala onde se proferem veredictos, deonde se manda um homem para a luz do sol, oupara as trevas da morte. O tema da película é aprópria instituição do Júri, a função desse microorganismo sociológico numa democracia, infalívelem tese, mas sujeito, como obra humana que é, aerros e irreparáveis injustiças. A Reginald Rose e aSidney Lumet não interessa a vida privada de cadaum dos homens reunidos acidentalmente, parajulgar um réu. Não interessa também a existênciapregressa do acusado, nem as circunstânciaspor que teria assassinado o próprio pai. O que éimportante na fita é apenas o seu realismo críticoe tal tese foi, inegavelmente, exposta com umasóbria e austera eloqüência.Sidney Lumet resolveu com inteligência a questãodo espaço. Sua narrativa se faz com tal força eexpressão dramática, que a questão do espaçose torna secundária, pois é o próprio espectadorquem, a certa altura do drama, passa a decidir ea prolatar a sentença. E isso para Lumet e parao próprio espectador é o que importa. Por umjogo de planos próximos, aproveitando-se dosmínimos movimentos de seus atores, de suas rea-

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