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146sima regularidade, uma impressionante e versátilevolução, constitui uma surpresa a contribuir paratornar mais denso o mistério de sua mecânica criadora.Muitos pensam conhecer em profundidadeo âmago da dialética bergmaniana e a sistemáticade sua exposição, após a visualização de algumasou de muitas de suas películas. Há mesmo imitadoresseus, uns poucos em toda parte, na França, naItália, tanto quanto na Argentina e no Brasil (nãome admirarei se aqui, no chamado Cinema Novo,aparecer um dia destes algum “Amoras do Mato”ou, melhor ainda, de acordo com a sistemática deBergman, “Pitangas de Verão”). Mas o certo é quecada película sua em estréia constitui-se numaquestão aberta, numa interrogação interior, a quesó ele e mais ninguém possa responder. Não lheinteressa, contudo, desnudar sua verdade, cadaqual que conserve a própria, segundo a tese pirandeliana.Para uns, Bergman é um criador amargoe angustiado, só ele é capaz de realizar “Noite deCirco”, num exemplo típico. Para mim, no entanto,só há alegria e otimismo nesse homem que tantoama o verão, o curtíssimo verão de seus horizontesdomésticos, que cultua o sol, o sol nada quente,pouco mais do que tépido, dos céus da Escandinávia.E poderá haver amarguras e tristezas numhomem que ama o verão, que cultua o verão, quecultua o sol dos campos abertos, que sabe sentir ovento do mar largo? Que Ingmar Bergman seja uminsatisfeito, um ser inquieto sempre em busca damelhor e mais rica expressão artística em sua obra,

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