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da Gestapo, ou aos fuzilamentos dos “SS” sinistros,cometiam as maiores barbaridades sem queuma fibra sequer de seus músculos se retesasse,tangida por algum sentimento perdido, ou peloresquício de alguma emoção transviada em seuscorações. Em “A Aldeia dos Amaldiçoados”, alembrança dos pequenos monstros dessas elitesinfantis, de fato amaldiçoados, está nitidamenteevocada, no grupo louro das doze crianças, geradasnuma manhã de letargia, por seres invisíveise sumamente poderosos. Essa seqüência estáadmiravelmente descrita no início da película,antes dos letreiros, pontuada apenas por efeitossonoros, ruí dos campestres, sem qualquer músicademagógica a corromper o instante maravilhosode cinema puro. Tudo nesse momento é sugestão,é síntese, é raciocínio e sensibilidade, é linguagemcinematográfica de ótima origem.Mas, a seguir a narrativa terrível continua sob omesmo ritmo dramático, sob a mesma dinâmicaemotiva, a marcar-se ao longo dos episódios, semqualquer ruptura da linha expectante e em verdadeaterrorizadora. Não há imagem mais pungentedo que a daqueles meninos de olhar cruel, cheiode um estranho fascínio, meninos sem o encantoe a espontaneidade da infância, autômatos arianosa servir de instrumento a seres misteriosose, no entanto, sempre presentes em cada situação,em cada cena do filme. É essa atmosfera desorti légio, de algo cientificamente possível, emboracientificamente inexplicável, que confere à59

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