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sutil, que é o de compor uma continuidade e delhe insuflar aquele sopro vital interior que é oritmo de uma obra cinematográfica.Sou talvez um tanto suspeito para comentaruma fita sobre arte. Nessas peças, reconheço umenorme valor didático, sem dúvida, mas escassaimportância cinematográfica. Para mim, há semprealgo de artificial, de superficial nessa ânsia docineasta de querer dinamizar o que, por natureza,é estático. A pintura, por exemplo, ou o desenho.Muitos, entretanto, asseveram que mesmo napintura ou no desenho “há movimento”. E há,realmente, mas esse movimento é incompleto,há apenas uma fração de movimento. E é essaparcela que vai servir, mais tarde, ao sabor dascircunstâncias, de ponto de partida para a obrade um cineasta, cuja maior ambição nada maisserá, senão a de procurar completar o movimento,apenas traçado numa fração fixada na mentee na tela do pintor, ou no papel do desenhista.Quando, por exemplo, em “Moulin Rouge”, deJohn Huston, se pretendeu fazer a pintura e odesenho de Toulouse-Lautrec dançarem aquele”can-can” nas telas de todo o mundo, houve detudo ali: prodígios de habilidade, de paciên cia ede montagem, mas CINEMA só existiu em dosesmuito pequenas, porque não é possível dinamizaro que, por natureza, é estático. No caso próprio de“A Esperança é Eterna”, em circunstâncias idênticas,na seqüência em que se focaliza a obra deSegall, sofrendo já a influência do meio, tomando115

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