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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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212fizera com a novela de Nair Lacerda, se tomandode liberdades com o ritual das cerimôniasreligiosas, como foi o caso do ritual da “primeiramissa” de Bentinho, aquele entra e sai de oficiantesno altar mor da igreja de Remanso, lancecinematográfico assim realizado somente como fito de criar expectativa emocional em “NháColaquinha”, à espera da aparição do filho noaltar, e, evidentemente, no público, à espera tambémda personagem na tela. Por outro lado, hácertas incongruências imperdoá veis na estruturadramática da fita. Por exemplo: não é admissívelque um seminarista formado, se lance num cursosuperior de extensão cultural e de doutorado emTeologia, sem haver rezado sua primeira missa,como o óbvio. Pois, Bentinho, não só passoutoda sua infância, depois sua adolescência, aseguir parte de sua idade adulta sem uma vezsequer visitar sua mãe em Remanso (o que seriauma desumanidade por parte das autoridadeseclesiásticas, que não fariam isso em nenhumahipótese), como também Bentinho, já sacerdoteformado, se foi para a Universidade de Louvain,lá se doutorou, sem haver rezado uma única missa,reservando essa cerimônia, que seria, querocrer, uma espécie de “colação de grau” da carreirasacerdotal, para oficiá-la em Remanso, tudopor obra e graça de Lima Barreto, um cineastaa se achar cercado por conselheiros, sacerdoteseruditos, sem dúvida. Não os culpo, contudo, levotudo à conta do diretor da fita, às vezes teimoso

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