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236renovação com que costumava caracterizar suaspelículas mais modestas. “Spartacus” reflete bemas pesquisas antigas, iniciadas na conquista de umvocabulário que tanto serviu para os exercíciosde estilo, para o jogo das figuras de retórica, daselipses, das ênfases, dos paradoxos, dos termosnovos que tanto marcaram “A Morte Passou porPerto”, ou que entraram na construção, maissóbria, de “Glória feita de Sangue”.Em “Spartacus”, há momentos de inexcedívelbeleza, na cor, na técnica, na interpretação, nacenografia, na movimentação da câmara e deatores, tudo se conjugando em perfeita enquadração,tudo se completando na edição final.Vejam-se as cenas do treino dos gladiadores; aseqüência da morte de Marcelo; as sessões do SenadoRomano, as da batalha campal entre os escravosrevoltados; a Via Appia, com suas margenssinistras fincadas pelo martírio dos crucificados.Momentos de uma beleza épica, de uma poesiatrágica, de cor e plástica participantes.E foi pena que Stanley Kubrick não houvessecontido a eloqüência muitas vezes inoportunade Alex North, autor da partitura musical da fita,obra bombástica e gongórica, a abafar quasesempre a sonoplastia da película e a atordoarnão raro o espectador envolvido pelas faixas dosom estereofônico, sem defesa em sua poltrona.E ante o realismo reconstituído de “Spartacus”,fico a imaginar o que seria uma película dessegênero, de argumento calcado no esplendor

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