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onde se exibia a fita sem aquele sentimento deentusiasmo que contribui para a melhor propagandade uma película, a propaganda oral, transmitidade boca em boca, da porta dos cinemasàs residências de cada espectador, a se difundircom a rapidez de uma gota de azeite caída sobreuma toalha de linho.Diga-se, contudo, desde já, que “A Primeira Missa”não é uma película ruim. É apenas uma películado meio-termo, o que, em se tratando de LimaBarreto, se torna realmente uma decepção. Mas,antes de tudo, “A Primeira Missa”, apesar de todaa sua paciente preparação intelectual, é uma peçapouco trabalhada. E se Lima Barreto, nas primeirasseqüências de sua fita, acertou em cheio – todo otrecho da infância de Bentinho –, já nas últimasdeixa-se levar por uma demagogia sentimentalque acabou por enredá-lo e o levou a perder-seno seu turbilhão dramático, prejudicando sua fitae comprometendo seu cinema. E se nas seqüênciasiniciais se houve ele com um ótimo cinema, aquelecinema de um Lima Barreto lúcido, aquele cinemavindo de quem sabe o que quer, nas finais, desgraçadamente,houve apenas algo de melodramáticoum tanto pueril e pouco inspirado, com soluçõesfáceis, com caracterização falsa, com situaçõesconvencionais, uma interpretação facciosa, porvezes a desandar pela caricatura simplória (ascenas da quermesse, com um Luciano Gregoryinsuportável, um “Luar do Sertão” intolerável, umleilão de roça a servir de símbolo de transição de209

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