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Alfred Hitchcock não tentara ainda a aventura.Lançou-se, finalmente por esse caminho cheio deabrolhos, mas tê-lo munido de todas as precauçõescontra o inimigo escorregadio – o ridículo -,a espreitar sua vítima, pronto para o bote oportuno,em cada fase da realização de tais temas nocinema. Cercou-se de conselheiros, técnicos, depsi quia tra, de habilíssimo cenarista, de artistasde alta sensibilidade, de fotógrafo mestre emsua arte, de notável diretor artístico e, até, deum pintor moderno, pois talvez só a pintura, asurrealista, principalmente, poderia objetivar, demodo preciso, a abstração do mundo dos sonhos.Pois Hitchcock ultrapassou qualquer previsão; oque, para muitos, poderia ter parecido irrealizável,para esse diretor britânico a tese se transformounuma vivíssima dramatização, glosada com tal purezae simplicidade, que os estados de consciênciapor ele descritos vêm cá fora, desprendem-se datela numa terceira dimensão, peneiram na mentedo espectador, fazendo com que ele, dali pordiante, participe da luta e do sofrimento naqueleemaranhado mórbido, de ação por vezes violentíssima,em torno do qual gravitam a fé e a paixãoinacabáveis, comoventes, da “Dra. Constance”pelo pobre e esquálido “J.B.”.Só grandes mestres em cinema e de arte em geralpoderiam realizar uma película do valor excepcionaldessa “Spellbound” – titulo originário, asignificar “encantamento, palavras mágicas”, queo tradutor comodista verteu para “Quando fala o221

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