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inconseqüentes, como costuma acontecer com amaioria da produção de Hollywood. Hugo Haasnão teme ninguém, não se arreceia em abordartemas de glosa perigosa, a psicanálise, por exemplo,que aproveitou numa película cheia de dignidadee de beleza interior, a sua “Desejos Ocultos”(Lizzie ), em que Eleanor Parker, com a suasegurança e sua inteligência nunca assaz louvada,encarnou um tipo hebefrênico, de personalidadesdistintas, a se manifestarem, física e psicologicamente,com feições e comportamentos diferentes.E é preciso não esquecer ainda de outra fita corajosade Hugo Haas, aquela que sob o título de “DoAbismo do Ódio” (The Other Woman), satirizou edesmascarou certos métodos de produção e certostipos de produtores tronantes em Hollywood. Emtal película, Hugo Haas interpretou, ele próprio,a personagem de um cineasta europeu, largadoà própria sorte na Babel do cinema, no ambienteultracomercializado da produção de linha, personagema viver as situações por vezes grotescas,que os atritos entre uma cultura e o progressopodem deflagrar.Eis que agora, Hugo Haas envereda por outra via,não menos cheia de abrolhos – a do preconceitode raças, da segregação e da miscigenação. Temaingrato, em verdade, a não comportar meio-termo:ou torna a peça que o desenvolve em algo deexpressivo e realmente importante, ou fá-lo derivarpara uma demagogia que a custo se suporta.Hugo Haas, entretanto, conseguiu o impossível,177

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