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quanto apregoa o “cinema novo” brasileiro oué algo de muito velho, ou algo de muito ruim.Suas derivações mais recentes, Glauber Rochaas contou, em prosa inflamada, na sua “RevisãoCrítica”, nesse livro tentando a árdua empresa deordenar o “modus faciendi” da técnica de susteruma câmara na mão, sem apoio de tripé, semóculos dos filtros, sem a reverberação compensatóriados rebatedores, coisa de adolescentes que,pela primeira vez, conseguiram ter à mão umacâmara de amador e que, através do visor restrito,descobrem um mundo novo, configurado poruma ótica que desconheciam. Acontece que omundo, para eles novo, continua a ser o mundovelho sem as porteiras de sempre e o que o aparelhoconsegue captar são as imagens capengase canhestras, só formativas da obra característicade aprendizes. Aprendizes de feiticeiro, que aofinal, ou ao meio da produção, não sabem comosituar-se no tumulto que criaram, nem como terminara empreitada que a princípio lhes pareciatão fácil. “Deus e o Diabo na Terra do Sol” é bemum exemplo disso. Projeção trêmula, quadrostrepidantes, incríveis vaivéns de panorâmicassem função, desrespeito absoluto pelas regrasmais elementares da técnica cinematográfica,iluminação precária da fotografia (não raro forade foco), totalmente apartada da dramaturgiacinematográfica, desintegração total da unidadedramática, ausência de qualquer elementocriador na montagem, narrativa fragmentada,97

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