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A Aventura(L’ Aventura)de Michelangelo Antonioni, Itália, 196005 outubro 196168Um crítico francês, Jacques Doniol-Valcroze, do“Cahiers du Cinéma,” colocou esta “A Aventura”no mesmo plano de “Hiroshima, Mon Amour”a seu ver inaugurando ambas as películas o queValcroze denomina de Le nouveau cinéma. Aliás,quase todo o grupo de “Cahiers du Cinéma”,classificou “A Aventura” como um filme excepcional,o que em verdade, nada quer dizer, ouquer dizer muito, pois esse que grupo da revistafrancesa nem sempre se caracteriza pela uniformidadede seus julgamentos, ora valoriza aomáximo o medío cre, ora exalta o que realmentedeve ser louvado sem restrições. Por outro lado,foi no “Cahiers du Cinéma” que se formou anouvelle vague, um movimento que registraexatamente essa linha ondulante, ora capaz decontornar uma obra-prima legítima, ora a traçara peça dúbia, senão mesmo sem nenhum sentidoestético, ou social mais importante.Quanto a mim, não me entusiasmou muito essa“A Aventura”, no mesmo grau com que meenterneceu “Hiroshima, Mon Amour”. E se nafita de Resnais a sua estrutura funcionalmentefragmentada representa tanto o símbolo de umacidade estraçalhada pelo engenho ciclópico dabomba atômica, quanto o da mente torturada de

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