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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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96cangaço e misticismo, na sua ambição de realizaralgo definitivo nesse indefinido “cinema novo”,de que é ele o campeão insuperável e o guardacostasmais fiel. Uma longa conversa com GlauberRocha antes de assistir ao filme foi-me muitobenéfica, na antecipação da análise da obra, eas declarações prestadas por seu realizador a respeitode suas idéias, gerais e particulares, sobre“Deus e o Diabo”, a abarcar o panorama do cinemabrasileiro atual, firmaram posições, definirampontos de vista e esclareceram satisfatoriamentealgumas contradições e incoerências de atitudesencampadas no livro de Glauber Rocha – “RevisãoCrítica do Cinema Brasileiro” – sobre o qual euescrevera exaustivamente neste jornal. E, comoapós a leitura desse livro, a impressão que fica, aoacender das luzes depois da projeção de “Deuse o Diabo na Terra do Sol”, é a de que GlauberRocha deu um passo maior do que as pernas,claudicando grotescamente ao fim desse esforçono campo áspero do cinema. Seu filme é algo dedeplorável em matéria de linguagem cinematográfica,a demonstrar por parte do autor o desejode colocar o cinema do Brasil na órbita de ummovimento “artístico” surgido na Europa ultimamente(embora as idéias que o configuram sejamantiquadas e superadas), chamado na França de“cinéma-verité”, aqui caricaturado a expensasdo nosso “cinema novo”, também esse, como ésabido, sem ostentar nenhuma novidade dignade atenção e de respeito. De fato, até agora, tudo

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