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versão pdf - Livraria Imprensa Oficial

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Mas como era Benedito? Reservado diante daqueles que desconhecia, mas conversador, simpáticoe expansivo com os amigos. Ouvia históriascom interesse e as contava com bom humor. Esendo o assunto cinema brasileiro, aí então aconversa ia longe.Gostava de vinhos, tintos e brancos. Dos bons.Rute lembra os Bordeaux. Em suas memórias B.J.fala de tomar cerveja no verão, um copo de velhoBorgonha, cheiro de civilização e de uma taçade champanhe dos vinhedos de França, gosto demulher bonita. De Madri, diz que frequentou,além dos museus, é claro, bodegons e tavernastípicas. Comeu de seus pratos, bebeu de seusvinhos, do Rioja ao Xerez, esse inimitável Xerezespanhol, com o perfume de seu passado...17Não era fã de uísque, bem ao contrário de algunsamigos próximos e colegas de ofício.Recebia para deliciosos jantares, preparados comesmero por Rute e sempre elogiados por ele, umgourmet e gourmand de mão cheia. Escreveuque ensinou à consulesa do Brasil, em Milão, acorreta maneira de se fazer camarões à modagenovesa. Desses não provei.Não abria a porta para convidado, caso estivessesem paletó, nem ficava com a barba por fazer ou seesquecia da colônia preferida. Foi um homem bom,trabalhador, fiel, generoso, humano e civilizado.

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