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118sem inspiração, de um cinema de imitação (umaespécie de “western” japonês), a transcorrer emépoca indefinida, com guerreiros utilizando-sede armas de fogo, até uma “cow-girl”, vestidade “short”, a participar da aventura, da fuga porentre desfiladeiros e dos “rodeios”, no “festivaldo fogo”...Não, positivamente, não é esse o AkiraKurosawa que eu esperava admirar nessa fita,cujo título já era a esperança de um espetáculodigno dele e do cinema japonês. E nem algumasseqüências otimamente conduzidas, o “festivaldo fogo”, a revolta de prisioneiros nos subterrâneosde um castelo feudal, do duelo entre doisguerreiros, trariam à película o interesse que onome de seu realizador de pronto despertara.Ao lado desses momentos, de excelente cinemasem dúvida, há o resto, seqüências arrastadas eepisódios insossos, por vezes animados por umadupla de atores cômicos, sem outro fim senão ode vulgarizar ainda mais essa peça de “pastiche”,cujas intenções não sei bem como classificar. Masa esse cinema de imitação, prefiro aquele denobre inspiração, o cinema dos “Sete Samurais”,o de “Trono Manchado de Sangue”, o cinemadesse homem, só ele, no cinema japonês, capazde sentir, com toda a força de sua cultura e desua inteligência, a beleza e o significado de umapeça de Shakespeare, o terrível sentido de um romancede Gorki, ou de Dostoievski, a maravilhosapoesia das lendas dos samurais, a nobreza austeradas tradições milenares do povo nipônico.

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