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foi impossível controlá-los nesses instantes defuga e de inspiração individual. Por isso mesmo,tanto Araçari, quanto Jurandir, principalmenteeste último, por ser detentor do papel principal,se apartam dos demais e realmente se apoderamda interpretação “emocional” da película, emcontraste com as demais interpretações, essassim, satisfatoriamente integradas nas intençõesdo diretor. De se notar, nesse setor, o desempenhode Antonio Luís Sampaio (“Pitanga”),Francisco Contreiras (o “Desenhista”) e GeraldoDel Rey (“Manoel”), todos estreantes, mas todosa obedecer com dignidade artística à orientaçãoque lhes traçou o diretor.E no final destes já longos comentários sobre“Bahia”, continuo a lamentar que seu criadornão houvesse dado à sua fita (inegavelmenteimportante como um exercício de estilo no cinemabrasileiro) uma estrutura dramática e formalmais acessível, menos cerebral e, por isso mesmo,mais humilde, mais realista e mais emotiva. Denada lhe valeu o barroco de São Salvador, nemmesmo funcionalmente, como pano de fundopara essa história de adolescentes marginaisbaianos. Tal como está estruturada, a obra deTrigueirinho Neto, de temática universal semcaracterísticas regionais, tanto poderia ter comocenário um bairro popular de São Paulo, quantouma favela no Rio, ou uma viela em Nápoles. Ea Bahia, tão plástica e tão humana, ficou apenasno título convencional da película.75

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