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252Secas”, de Nelson Pereira dos Santos, confessa quejamais poderia supor algum êxito na transposiçãodo livro de Graciliano Ramos para as imagensdo cinema. “Como acreditar na versão cinematográficabrasileira desse Machado de Assis dosertão, seco como uma queimada de agosto,com seu intencional estrangulamento emotivoe despojamento paisagístico?” – indaga Tristãode Ataíde, justificadamente assombrado. E, realmente,essa adaptação tão fiel ao espírito tãoaustero da obra literária pura, difícil entre todasde qualquer tradução, seja para outro idioma,seja para a linguagem do cinema, constituiu agrande surpresa e o enorme espírito desse filme,um dos mais importantes já realizados em toda anossa atribulada história cinematográfica.Creio que desde a época em que conheci NelsonPereira dos Santos – e já lá vão dez anos, quase– alimentava ele o desejo, uma idéia fixa, de realizar“Vidas Secas”, no cinema. Em 1960, se bemme lembro, chegou a atrair-se para os sertõesdo Norte brasileiro, com toda a sua equipe, paraali produzir “Vidas Secas”, segundo uma adaptaçãopor ele trabalhada, anos a fio. Contudo,fora esse um ano excepcionalmente chuvoso noNordeste, com inundações e desabamentos portoda a parte, a invalidar e a adiar os projetos deNelson Pereira dos Santos. Pois, talvez lhe tenhasido proveitoso o adiamento. Em suas andançasposteriores por aquelas regiões dramáticas doBrasil, teria Nelson Pereira dos Santos não apenas

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