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210tempo, sem funcionalidade) e concessões transigentes(o horror de Mestre Zuza a bater no peitonum insustentável “mea culpa”) incompatíveisnum homem intransigente como Lima Barreto,cineasta de alta inteligência, inegavelmente umótimo diretor de elenco (o que conseguiu ele domenino José Mariano Filho, no papel de Bentinhoé algo que roça pelo milagre).Por outro lado, não conhecendo a novela de NairLacerda, que serviu de base e inspiração para “APrimeira Missa”, não sei até que ponto o autorde “O Cangaceiro” se tomou de liberdades paraadaptar a peça literária à tela. Creio, contudo, queLima Barreto usou e abusou em sua adaptação, emsua realização sobretudo, fazendo da novela umaoutra novela, esta numa linguagem de cinema,por vezes gongórico, enfático e até redundante.É isso, justamente, o que mais recrimino em “APrimeira Missa”, em sua versão definitiva. Os enxertos,as interpolações, as seqüências por demaisesticadas, ou excessivamente cortadas, fizeramda película uma obra fragmentada, não rarogratuitamente artificiosa. Não há uma estruturanarrativa uniforme e compacta, como seria de esperarde um Lima Barreto, com toda a experiênciae a fruição de todas as lições proporcionadas por“O Cangaceiro”. Há somente fragmentos, algunsexcelentes, de uma obra ótima, trechos dignos deuma antologia do cinema brasileiro, mas perdidosnessa peça desigual. E há ainda uma agravante:seqüências inteiras foram suprimidas na edição

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