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me envergonho absolutamente quando confessode público a fruição do prazer proporcionadopor um filme como “Spartacus”, pelas aventurasdo cinerama, ou pela beleza épica deste agora“Lawrence da Arábia”, um magnífico espetáculo,dos mais perfeitos em forma e conteúdo a quejá me foi dado assistir. Atinge-se neste filme deDavid Lean à perfeição da cor, à pureza, fidelidadee expressão do som, à beleza de composiçãofotográfica no amplo mural da tela panorâmica,tudo a deferir ao espetáculo do cinema contemporâneouma dignidade ainda não suspeitada,dimensões planas, sem dúvida, mas capazes deprovocar o “relevo” (sonoro e pictórico), essapedra filosofal que os alquimistas da técnica eda indústria do cinema tanto buscam, através deanos de perseverança nos laboratórios de pesquisasdeste nosso admirável mundo novo...Não conheço o livro “Os Sete Pilares da Sabedoria”,em que se baseou David Lean para estruturarseu filme. Pouco sei a respeito da estranha figurado coronel Lawrence e de suas andanças no desertoe por entre os homens da Arábia. Em tornodesse homem misterioso constituiu-se uma lenda eerigiu-se um mito. Há até quem ponha em dúvidasua própria existência. De qualquer forma, DavidLean soube como figurar, soube como recortar ovulto e engastar o espírito de Lawrence no desertoescaldante de suas atividades, por entre a organizaçãotribal dos árabes, soube como contar, naimagem do cinema, a vida, ou melhor, a fábula137

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