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Cultura Material e Patrimônio da Ciência e Tecnologia - Museu de ...

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<strong>Cultura</strong> <strong>Material</strong> e Patrimônio <strong>de</strong> C&THá um hiato entre os anos <strong>de</strong> 1827 a 1845-46, muitos autores afirmamcategoricamente que durante este período não houve ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> no Observatório, porém,como diz o historiador Robert Darnton não se <strong>de</strong>ve afirmar que algo não existe somenteporque não foi inicialmente encontrado e, <strong>de</strong> fato, falta um trabalho <strong>de</strong> pesquisa que dêconta <strong>de</strong>ste período. Um indício disto talvez seja a afirmação <strong>de</strong> Emmanuel Liais em seurelatório do ano <strong>de</strong> 1884 que, a partir <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> uma revista do Observatório, ostrabalhos e resultados <strong>da</strong> instituição não seriam mais publicados no Jornal do Comércio.Um local cujo trabalho é inexistente não publica trabalhos ou obtêm resultados.O fato é que em 1846 foi aprovado um novo regulamento para o ImperialObservatório, on<strong>de</strong> ficava estabelecido, entre outras atribuições, a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>formar alunos <strong>da</strong> Escola Militar “na prática <strong>da</strong>s observações astronômicas aplicáveis agran<strong>de</strong> geodésia” e também “a<strong>de</strong>strar” os alunos <strong>da</strong> Aca<strong>de</strong>mia <strong>da</strong> Marinha na prática <strong>da</strong>sobservações astronômicas necessárias e aplicáveis à navegação.Em 1848, o Ministro <strong>da</strong> Guerra enviou duas remessas <strong>de</strong> instrumentos para oObservatório, on<strong>de</strong> não constam ain<strong>da</strong> instrumentos <strong>de</strong> química. O que encontramosforam dois termômetros <strong>de</strong> cristal, um magneto <strong>de</strong> termômetros, dois termômetros aálcool, dois pireliômetros, <strong>de</strong> Poulliet, dois actinômetros, <strong>de</strong> Poulliet, dois psicrômetros, <strong>de</strong>Auguste, dois higrômetros, <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação, quatro barômetros Fortin, dois barômetrosGay-Lussac, <strong>de</strong>ntre outros adquiridos em Paris; vindos <strong>de</strong> Göettingue, um magnetômetrounifilar, bifilar, uma inclinatória, dois gran<strong>de</strong>s magnetos (MORIZE, Opus cit. p.58).A primeira menção a instrumentos <strong>de</strong> química que encontramos está na lista <strong>de</strong>instrumentos doados pelo Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Prados, em 1872, <strong>de</strong> sua coleção particular. OViscon<strong>de</strong> também foi o responsável, enquanto interinamente na direção <strong>da</strong> instituição, <strong>da</strong>criação <strong>de</strong> um curso especificamente voltado para o ensino teórico e prático <strong>da</strong>astronomia.Na lista <strong>de</strong> instrumentos encontramos a referência a um “espectroscópio para asaplicações químicas” (BRASIL, 1876). Além do espectroscópio, há os instrumentos que opróprio Liais adquiriu no exterior, <strong>de</strong>ntre eles: uma pilha <strong>de</strong> Bunsen, gran<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo, <strong>de</strong><strong>de</strong>z elementos quadrados, com vasos suplementares, uma coleção <strong>de</strong> tubos Geissler,com diversos gases para a espectroscopia, quarenta elementos <strong>de</strong> pilhas <strong>de</strong> Daniel, <strong>de</strong>balão, para aparelhos cronográficos.No relatório <strong>de</strong> 1878, Liais escreve ao Ministro sobre a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se montarum laboratório <strong>de</strong> química no Observatório (I<strong>de</strong>m. p.3). A partir <strong>da</strong>í, seguindo a “pista”<strong>de</strong>ixa<strong>da</strong> pelos objetos <strong>de</strong> química do acervo do <strong>Museu</strong>, chegamos ao Laboratório <strong>de</strong>Química do Imperial Observatório, que até os dias <strong>de</strong> hoje era <strong>de</strong>sconhecido. E, a partirdos objetos, foi possível <strong>de</strong>terminar o tipo <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>senvolvido pelo laboratório. E,165

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