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Cultura Material e Patrimônio da Ciência e Tecnologia - Museu de ...

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<strong>Cultura</strong> <strong>Material</strong> e Patrimônio <strong>de</strong> C&Tposteriores, é fun<strong>da</strong>mental pensar no projeto <strong>de</strong> patrimonialização comonecessariamente vinculado às memórias locais, às vivências e trajetórias, um processono qual os remanescentes <strong>de</strong>ssa comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ex-trabalhadores possa se fazerrepresentar e manifestar suas legítimas ambições <strong>de</strong> reparação e memória.Tendo em vista essa comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, parece importante pensar na idéia <strong>de</strong> buscapelo reconhecimento como nos coloca Paul Ricoeur (2006), o que implica em nãoneutralizar os conflitos existentes (<strong>de</strong> diferentes or<strong>de</strong>ns e sobretudo no presente peloagravamento <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s impostas pela administração atual <strong>da</strong> empresa), nãohierarquizar as memórias envolvi<strong>da</strong>s e possibilitar que esses sujeitos se transformem emver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros agentes patrimoniais, envolvidos não apenas na preservação dos vestígiosmas em sua qualificação como um projeto <strong>de</strong> presente e futuro, viável sob o ponto <strong>de</strong>vista social e econômico.Somente a partir <strong>de</strong>ssa perspectiva inclusiva e multifaceta<strong>da</strong> é possível acreditarque o apito <strong>da</strong> fábrica, ícone <strong>de</strong>ssa Rio Gran<strong>de</strong> industrial do passado, po<strong>de</strong>rásimbolicamente retornar, agora como memória, vi<strong>da</strong> e patrimônio.REFERÊNCIASCOMPANHIA UNIÃO FABRIL. América Magazine, Edição Especial, São Paulo: Ed. VartaLt<strong>da</strong>, 1959.FABRE, Daniel (dir.). Domestiquer l’histoire. Ethnologie <strong>de</strong>s monuments historiques,Paris: Éditions <strong>de</strong> la MSH, 2000.FERREIRA, Maria Leticia M. 2002. Os três apitos: memória pública e memória coletiva.Fábrica Rheingantz, Rio Gran<strong>de</strong>, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 1950-1979. Tese <strong>de</strong> Doutorado,PPGHistória, PUCRS, 2002. Orientador: Nuncia Santoro <strong>de</strong> Constantino.GOUX Jean-Paul. À propos <strong>de</strong> mémoires <strong>de</strong> l’enclave, Cahiers CDHT,CNAM-EHESS.Démolition, Disparition, Déconstruction, n.11, p.93-104, 2002.NORA, Pierre. Pour une histoire au second <strong>de</strong>gré, Le Débat, n.122, p.29-30, 2002.RICOEUR, Paul. Percurso do Reconhecimento.São Paulo: Loyola, 2006TORNATORE, Jean-Louis. Les formes d’engagement <strong>da</strong>ns l’activité patrimoniale. Dequelques manières <strong>de</strong> s’accommo<strong>de</strong>r au passé, In : Vincent Meyer et Jacques Walter(dir.), Formes <strong>de</strong> l'engagement et espace public. Nancy : Presses universitaires <strong>de</strong>Nancy, p. 515-538, 2006.____________________. Patrimoine, mémoire, tradition, etc. À propôs <strong>de</strong> quelquessituations françaises <strong>de</strong> la relation au passé. Conferência apresenta<strong>da</strong> no II SeminárioInternacional em Memória e Patrimônio, UFPEL, Pelotas, 2008.212

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