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Cultura Material e Patrimônio da Ciência e Tecnologia - Museu de ...

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<strong>Cultura</strong> <strong>Material</strong> e Patrimônio <strong>de</strong> C&T<strong>de</strong>coração estava pronta, mas os últimos nichos na pare<strong>de</strong> do edifício foram preenchidosapenas no início dos anos <strong>de</strong> 1960.A <strong>de</strong>coração ocupou os espaços previamente <strong>de</strong>finidos do palácio-monumentopara a montagem <strong>de</strong> um panteão nacional. Em linhas gerais, projetou um panorama dopercurso <strong>da</strong> história do Brasil do século XVI até o século XX, do qual a grandiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> do<strong>Museu</strong> era uma <strong>da</strong>s expressões. A isso se somaram as <strong>de</strong>mais salas <strong>de</strong> exposiçãocompostas à época, <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a expor aspectos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira e paulista, emespecial. Da colonização, representa<strong>da</strong> pelos retratos <strong>de</strong> Martim Afonso <strong>de</strong> Souza, <strong>de</strong>Tibiriçá, <strong>de</strong> D. João III e <strong>de</strong> João Ramalho alocados no saguão, envere<strong>da</strong>-se pelo períodoem que teria ocorrido a configuração do território, simboliza<strong>da</strong> na figura <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>irantese nas ânforas <strong>de</strong> cristal contendo águas <strong>de</strong> rios brasileiros, ornamentos <strong>da</strong> esca<strong>da</strong>ria emmármore que leva ao piso superior <strong>da</strong> edificação. Ali, a<strong>de</strong>ntra-se, então, ao momento <strong>da</strong>in<strong>de</strong>pendência e soberania, evocado por meio <strong>da</strong> escultura monumental <strong>de</strong> D. Pedro I epor retratos e registros nominais em bronze <strong>da</strong>quelas personagens consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s, nasdéca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 1920 e 1930, como os fun<strong>da</strong>dores <strong>da</strong> nação, aos quais foram integra<strong>da</strong>s asfiguras <strong>de</strong> Da. Leopoldina, Maria Quitéria e Sóror Angélica 2 . Essa construçãohistoriográfica e visual po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como complemento e confirmação do painel“In<strong>de</strong>pendência ou Morte”, confeccionado por Pedro Américo, entre 1886 e 1888.I<strong>de</strong>alizado especialmente para <strong>de</strong>corar o salão <strong>de</strong> honra do edifício-monumento ain<strong>da</strong>durante sua construção, ao longo do século XX, veio a se tornar a representaçãoemblemática do episódio do “grito do Ipiranga” 3 .Esse direcionamento para o campo <strong>da</strong> História se verificou no período <strong>da</strong> gestão<strong>de</strong> Afonso d´ Escragnolle Taunay, entre 1917 e 1945, sendo reforçado com atransformação do <strong>Museu</strong> em Instituto complementar à Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, já em1934 4 .Especialmente a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1990, as áreas <strong>de</strong> atuação do <strong>Museu</strong>Paulista foram re<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s, buscando-se uma maior integração institucional àUniversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, bem como sua projeção científica como ponto <strong>de</strong> referência no campo <strong>da</strong><strong>Cultura</strong> <strong>Material</strong>. Procurou-se evitar, entretanto, que o <strong>Museu</strong> ficasse circunscrito anúcleo <strong>de</strong> pesquisas, sem compromissos com o enorme público não especializado que o2 Descrição <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> <strong>da</strong> ornamentação interna do edifício po<strong>de</strong> ser encontra<strong>da</strong> em: TAUNAY, 1937.3 Sobre o painel concebido por Pedro Américo e suas implicações historiográficas e artísticas, consultar:OLIVEIRA, 1999.4 Sobre a trajetória do <strong>Museu</strong> Paulista, consultar, entre outros, os seguintes estudos: ELIAS, 1996; BREFE,2005; ALVES, 2001; Anais do <strong>Museu</strong> Paulista. História e <strong>Cultura</strong> <strong>Material</strong>. Nova Série, v. 10/11, 2002/2003;WITTER, 1997; OLIVEIRA, 1999.28

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