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Cultura Material e Patrimônio da Ciência e Tecnologia - Museu de ...

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<strong>Cultura</strong> <strong>Material</strong> e Patrimônio <strong>de</strong> C&TJaneiro (RBR, RIZ, UFRJ) e em São Paulo (SP, ESA). Desses primeiros herbáriosapenas dois estavam fora do eixo Rio <strong>de</strong> Janeiro/ São Paulo: o <strong>da</strong> Escola <strong>de</strong> Farmácia<strong>de</strong> Ouro Preto e o do <strong>Museu</strong> Paraense [<strong>Museu</strong> Paraense Emílio Goeldi]. O Rio <strong>de</strong>Janeiro, então centro do po<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>tinha o predomínio em quantitativos <strong>de</strong> herbários.A segun<strong>da</strong> fase se esten<strong>de</strong> até cerca <strong>de</strong> 1950, quando o país já contava com22 herbários. As instituições que os sediavam eram ain<strong>da</strong> predominantementevolta<strong>da</strong>s para as ciências agrárias (Institutos <strong>de</strong> Pesquisas Agronômicos ou similares eEscolas <strong>de</strong> Agronomia) e os cientistas que li<strong>da</strong>vam com a Botânica eram oriundos,principalmente, <strong>da</strong>s Escolas <strong>de</strong> Agronomia, Farmácia ou Medicina.A criação <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Botânica do Brasil (SBB), em 1950, veio impulsionaros estudos nessa área, inaugurando uma nova fase. Pesquisadores e estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong>sistemática <strong>de</strong> plantas e áreas correlatas, muitos já oriundos dos cursos <strong>de</strong> HistóriaNatural e <strong>de</strong>pois dos cursos <strong>de</strong> Biologia, pu<strong>de</strong>ram ampliar áreas geográficas <strong>de</strong> estudoe táxons estu<strong>da</strong>dos, aproveitando-se do conhecimento acumulado tanto porespecialistas estrangeiros quanto por brasileiros. O incentivo e o apoio financeiro <strong>da</strong>dopelas agências nacionais <strong>de</strong> fomento, o Conselho Nacional <strong>de</strong> Pesquisa (hojeConselho Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq) e aCampanha [<strong>de</strong>pois Coor<strong>de</strong>nação] <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal do Ensino Superior(CAPES), cria<strong>da</strong>s em 1951, foram também motivadores para a expansão <strong>da</strong>s coleçõesbotânicas e a formação <strong>de</strong> recursos humanos em Taxonomia. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sorganiza<strong>da</strong>s pela SBB propiciavam discussões e intercâmbio <strong>de</strong> materiais eincentivavam a mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos cientistas entre diferentes instituições brasileiras,essencial para o manejo e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> espécimes em coleções <strong>de</strong> herbário. Aca<strong>da</strong> ano a SBB promovia um congresso, sediado em diferentes ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s do país,aliado ao qual ocorriam expedições para conhecer e documentar a flora local (MELLOFILHO, PEIXOTO, 2000; FERNANDES, 2000). Angely, em 1959, relaciona 47herbários para o Brasil, fornecendo informações sobre a estrutura, o acervo e oscientistas que com eles li<strong>da</strong>vam. Cita alguns herbários então não vinculados ainstituições, chamando-os <strong>de</strong> herbários privativos (ANGELY, 1959).Nos 25 anos finais do século XX a criação ou expansão <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> pósgraduaçãosão marcadores <strong>de</strong> uma nova etapa. A Botânica passa a formar umcontingente maior <strong>de</strong> cientistas, e os herbários brasileiros tomam gran<strong>de</strong> impulso,tanto em número <strong>de</strong> exsicatas <strong>de</strong>posita<strong>da</strong>s como na análise e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>espécimes <strong>da</strong>s coleções. Uma ação do governo teve <strong>de</strong>staque neste período: aaproxima<strong>da</strong>mente 350 milhões <strong>de</strong> espécimes que documentam a vegetação <strong>da</strong> terra nos últimos 400anos (http://sciweb.nybg.org/science2/In<strong>de</strong>xHerbariorum.asp).317

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