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Cultura Material e Patrimônio da Ciência e Tecnologia - Museu de ...

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<strong>Cultura</strong> <strong>Material</strong> e Patrimônio <strong>de</strong> C&T<strong>de</strong> centros <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e manipulatórias. Os autores enfatizavam a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> que os<strong>de</strong>stinatários <strong>da</strong>s informações estivessem......associados à sua elaboração, que os receptores sejam emissores eque as emissões tenham em conta as condições <strong>de</strong> recepção. Estaparticipação não será aceitável a não ser que os grupos antagônicossejam igualmente capazes <strong>de</strong> fabricar, tratar e comunicar sua própriainformação. (1978, p. 123)No Brasil, os primeiros estudos foram <strong>de</strong>senvolvidos por Heloísa TardinChristovão e Gil<strong>da</strong> Braga (1994) no âmbito <strong>da</strong> recuperação <strong>da</strong> informação e <strong>da</strong>comunicação científica. Mais do que “a 'tradução' <strong>da</strong> informação científica e tecnológicapara o público em geral”, as autoras concebem a socialização <strong>da</strong> informação sobretudocomo a ......construção, tratamento e divulgação <strong>da</strong> informação <strong>de</strong> diferentes tiposem parceria, ou seja, a partir <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição conjunta por parte <strong>de</strong>produtores e usuários, que aqui se con-fundiriam, <strong>de</strong> suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,e <strong>de</strong> quais seriam os caminhos (metodologias) mais a<strong>de</strong>quados paraatendê-los.Estimulando a relação dialógica dos sujeitos e dos contextos sócio-culturaisdiversificados, a socialização <strong>da</strong> informação se apresenta como alternativa à elitização <strong>da</strong>ciência, estimulando sua relação com a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em seu todo. Privilegiandoabor<strong>da</strong>gens participantes, almeja a participação cooperativa, voluntária e solidária e a recontextualizaçãopermanente <strong>da</strong> informação como instrumento <strong>da</strong> práxis.Entre os autores que refletiram sobre questões referentes ao conceito <strong>de</strong> práxis,privilegiamos Paulo Freire (1987, p. 92), por reconhecer em sua obra a preeminência <strong>da</strong>reali<strong>da</strong><strong>de</strong> social e objetiva como fruto <strong>da</strong> ação humana. A transformação <strong>de</strong>ssa reali<strong>da</strong><strong>de</strong>é abor<strong>da</strong><strong>da</strong>, assim, como tarefa histórica que compete aos homens enquanto seres <strong>da</strong>práxis. Esta, por sua vez, é vista como “reflexão e ação ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente transformadora<strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>” e como “fonte <strong>de</strong> conhecimento reflexivo e criação". Cabe ressaltar queação e reflexão não se dão em bases dicotômicas, mas simultaneamente, e direciona<strong>da</strong>sà transformação <strong>de</strong> estruturas.Conceitos e noções instrumentalizados por Paulo Freire em seu sistemape<strong>da</strong>gógico são empregados inicialmente nas ações <strong>de</strong> socialização <strong>da</strong> informação,como especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação, <strong>de</strong> modo a subsidiar a horizontali<strong>da</strong><strong>de</strong>orgânica <strong>de</strong> seus processos info-comunicacionais. Assim como a “pe<strong>da</strong>gogia do347

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