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Cultura Material e Patrimônio da Ciência e Tecnologia - Museu de ...

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<strong>Cultura</strong> <strong>Material</strong> e Patrimônio <strong>de</strong> C&Tsegundo Nadja Paraense, teria sido comprado em 1843, junto com uma luneta doastrônomo francês Soulier <strong>de</strong> Sauvre - que foi Diretor do Imperial Observatório noperíodo <strong>de</strong> 1841 a 1845. Este gabinete existia para o estudo do Imperador e mais tar<strong>de</strong><strong>de</strong> seus filhos.No inventário do espólio <strong>da</strong> Família Real constam os seguintes objetos: umamáquina elétrica, quatro caixas <strong>de</strong> fotografia, uma mesa com pedras, um tabuleiro compedras minerais, quatro armários com seis prateleiras ca<strong>da</strong>, contendo corpos químicos enativos, diversos aparelhos elétricos e máquinas <strong>de</strong> física em um armário, uma balança equatro quadros representando corpos químicos. 10A historiadora tentou mapear o para<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>stes objetos já no períodorepublicano, que ao que tudo indica teriam sido leiloados. Mas Paraense afirmaque não há qualquer menção a objetos <strong>de</strong> química, apenas a referência aos“móveis <strong>de</strong> laboratório”.Como já mencionamos neste relatório, funcionaram vários os laboratórios <strong>de</strong>química no Rio <strong>de</strong> Janeiro ao longo do século XIX. Além dos já anteriormentemencionados, existiam o Laboratório Chimico Pharmaceutico Militar, o LaboratórioFarmacêutico Militar, o Laboratório <strong>de</strong> Microscopia Clínica e Bacteriológico e o, agoraconhecido, Laboratório <strong>de</strong> Química, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Físico-Química, do Imperial Observatório.Ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>stes fazia pesquisas e experiências com um <strong>de</strong>terminado objetivo, sem falarnos laboratórios voltados para o ensino, que carecem ain<strong>da</strong> hoje <strong>de</strong> um estudo maisaprofun<strong>da</strong>do.Quanto aos objetos do Laboratório <strong>de</strong> Química do Imperial Observatório sabemosque eram instrumentos científicos <strong>de</strong> ponta para a época e utilizados em pesquisasimportantes, como a espectroscopia e a micrografia. O espectroscópio, por exemplo, foi<strong>de</strong>senvolvido em 1859 na Alemanha e tratava-se <strong>de</strong> um instrumento que dispersava a luzem um espectro, possibilitando observação e a análise elementar (JAMES, 1998, p. 563)a partir <strong>da</strong> radiação emiti<strong>da</strong> pelas estrelas. Mas, alguns anos antes, foi Willian Fox Talbotquem sugeriu que as linhas espectrais po<strong>de</strong>riam ser utiliza<strong>da</strong>s para análises químicas, oque não foi possível, por causa <strong>da</strong> má quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos vidros utilizados nos prismas, até asdéca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 1850-60. E durante este mesmo período Robert Bunsen e Gustav Kirchkoff<strong>de</strong>monstraram ser possível a análise química do sol e <strong>da</strong>s estrelas, o que levou ao<strong>de</strong>senvolvimento mais tar<strong>de</strong> <strong>da</strong> Astrofísica. Interessante notar que estas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s eram10 Inventário do Espólio <strong>da</strong> Família Imperial. Arquivo do <strong>Museu</strong> Imperial, 1889. Citado por SANTOS, N. OpusCit. p.57.171

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