1 centro universitário senac - sp luiz augusto grando padilha ...
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medidas/regras de segurança que geram desconforto. Simard (1993), analisando os<br />
fatores psicossociais que influenciam a decisão de arriscar-se, menciona a pressão<br />
de colegas, as atitudes da supervisão e a orientação da empresa.<br />
Goguelin (1993), referindo-se à importância de comportamentos seguros por<br />
parte dos trabalhadores, ou seja, do desenvolvimento da auto-segurança, dá grande<br />
importância a dois fatores:<br />
• o exemplo dado pelos escalões hierárquicos superiores;<br />
• a possibilidade de recusar a execução de tarefas perigosas.<br />
No contexto brasileiro, na maioria dos casos, arriscar-se é parte das tarefas<br />
habituais, desenvolvidas em contextos de subsistemas técnicos extremamente<br />
precários do ponto de vista da segurança. Acresce que, em muitos casos, os<br />
trabalhadores assumem riscos em obediência a determinações de chefias, ou seja,<br />
sabendo que a conseqüência possível da desobediência é a perda do emprego, o<br />
que paralisa a discussão, ainda que teórica, da aceitabilidade, pelos trabalhadores,<br />
de condições sabidamente frágeis do ponto de vista da segurança do trabalho.<br />
Nesses casos, arriscar-se não é fruto de decisão baseada em livre escolha do<br />
trabalhador. Pelo contrário, trata-se de imposição, em grande parte mediada pelo<br />
medo de perder o emprego.<br />
Mesmo em empresas que possuem critérios que definem a aceitabilidade dos<br />
procedimentos a serem adotados em situações que podem ensejar acidentes, não é<br />
sempre que se garante o re<strong>sp</strong>eito a eles, particularmente se surgiram sem ampla<br />
discussão e sem o apoio explícito e irrestrito dos escalões hierárquicos superiores.<br />
Para numerosos autores, o desenvolvimento de cultura de segurança na empresa só<br />
é possível se houver adesão de sua alta hierarquia.<br />
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Estudos ergonômicos enfatizam a importância do reconhecimento da