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TABELA 2 - Distribuição das mortes ocorridas por acidente do trabalho, Brasil 1970 – 1983. ANO Nº. ACIDENTES ÓBITOS % MORTES / 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1970 1.220.111 1.330.523 1.504.723 1.632.696 1.796.761 1.916.187 1.743.825 1.614.750 1.551.501 1.444.627 1.464.211 1.270.465 1.178.472 1.003.115 Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social, 1985. 2.232 2.559 2.805 3.122 1.764 3.942 3.900 4.445 4.342 4.673 4.824 4.808 4.496 4.214 ACIDENTES 0,18 0,19 0,19 0,19 0,21 0,21 0,22 0,27 0,28 0,32 0,33 0,38 0,38 0,42 A Tabela 3 mostra a evolução dos acidentes liquidados, segundo a conseqüência do trauma, no período de 1981 a 1990. Essa evolução deixa clara a crescente gravidade das lesões ao longo dos anos, com o aumento da ocorrência das incapacidades permanentes e do número de óbitos de maneira geral, quando comparados com o número total de acidentes. Em 19/07/1976 ocorre a promulgação da Lei 6.367, ainda em vigor, que transferiu a responsabilidade dos primeiros quinze dias de afastamento do acidentado para a própria empresa, desvinculando-o (o acidente de trabalho) da Previdência e, portanto, diminuindo o custo securitário (BRASI, 1976). Tal fato propiciou uma drástica diminuição do número de notificações de acidentes do trabalho, o que explicaria, conforme discutido por vários autores, o deslocamento das estatísticas 74
para o acidente grave, mais difícil de omitir (POSSAS, 1987; DIAS, 1993; REGO, 1993). Tabela 3 - Evolução dos acidentes do trabalho liquidados segundo a conseqüência, no Brasil de 1981 a 1990. ANO 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 A.M 166.613 140.123 124.134 131.179 152.534 159.144 170.613 147.415 125.412 61.215 CONSEQUÊNCIA * I.T 1.108.193 1.042.487 891.963 845.206 904.804 954.274 975.849 839.370 663.515 660.107 I.P 29.921 31.816 30.166 28.628 27.283 24.190 23.150 20.775 19.550 18.878 O. 4.808 4.496 4.214 4.508 4.360 4.578 5.238 4.616 4.091 5.355 TOTAL/ANO 1.309.535 1.218.922 1.050.477 1.009.516 1.088.981 1.142.186 1.174.850 1.012.176 812.568 745.555 FONTE: Boletim Estatístico de Acidente do Trabalho (BEAT) *A.M. – Assistência Médica; I.T. – Incapacidade Temporária; I.P. – Incapacidade Permanente; O. - Óbitos. Outra grande dificuldade de lidarmos com as estatísticas oficiais advêm do fato de nosso sistema securitário contemplar apenas o trabalhador formalmente inserido no mercado de trabalho, o que torna os dados ainda mais frágeis. Machado e Gomes (1994), ao discutirem esta questão, corroboram nossa assertiva a respeito das dificuldades de se utilizar estatísticas oficiais, uma vez que estas se encontram, entre outros, permeadas de erros sistemáticos na coleta e interpretação das informações referentes ao Acidente de Trabalho. Em seu estudo os autores nos apresentam um agravante importantíssimo para a questão, qual seja, a relação existente entre o processo de trabalho e a violência urbana em nosso país, aspecto este merecedor de uma abordagem mais aprofundada. É importante ressaltar que o 75
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