1 centro universitário senac - sp luiz augusto grando padilha ...

propósitos da empresa em relação ao tema do engajamento espontâneo,
voluntarioso e compromissado dos trabalhadores.
Nada mais danoso a qualquer programa de gestão de SSO do que o
constrangimento sofrido pelos trabalhadores que passaram por treinamento
específico de segurança, promovidos pela própria empresa, mas que, ao tentarem
colocar em prática as lições aprendidas, são impossibilitados de fazê-lo, ora por
decisão de suas chefias imediatas, sem justificativas convincentes para isso, ora
porque as condições de trabalho não permitem. No caso da segunda hipótese, o
conflito está intimamente relacionado ao fato de o conteúdo do treinamento não ter
levado em conta as peculiaridades do ambiente e a natureza do trabalho. Em todos
os sentidos, a ocorrência desse fato pode ser debitada à desvinculação da SSO dos
processos produtivos e da própria organização formal do trabalho.
6.7 O ORDENAMENTO FORMAL DO TRABALHO E OS CONFLITOS DE PODER –
A QUÊ OU A QUEM O TRABALHADOR DEVE OBEDIÊNCIA?
Outro aspecto importante, fruto dos traços da cultura ainda predominante na
empresa “X”, que interfere de maneira negativa no desempenho da gestão da
segurança e saúde ocupacional, é o dualismo crescente vivenciando cotidianamente
pelos trabalhadores no cumprimento do ordenamento formal do trabalho. O fosso
que ainda separa o discurso formal do trabalho (normas escritas) da diversidade de
formas práticas – nem sempre em conformidade ao que está escrito – da realização
de tarefas por parte dos trabalhadores, às vezes até orientados pelos supervisores,
relaciona-se, no que podemos levantar, entre outros motivos, aos que se seguem:
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