1 centro universitário senac - sp luiz augusto grando padilha ...

– positiva ou negativa – que o trabalhador forma a respeito da empresa é definido
por esse expediente. O que ele aprende nesse lapso de tempo, em todos os
sentidos, influencia nas suas vivências futuras na empresa, inclusive na definição e
cultivo dos laços afetivos.
As dificuldades nesse terreno, na empresa pesquisada, são notórias e
certamente estão relacionadas ao fato de os trabalhadores e menos ainda os
supervisores não terem ainda aprendido a se entender sem o apoio do poder, para
de um lado, mandar, ordenar, determinar e de outro, obedecer. O poder, como
instrumento funcional entre o ato de mandar e o de obedecer, remonta os mais
longínquos tempos da vida humana. A inversão desse quadro não é tarefa
impossível, porém demandará investimento pesado a médio e em longo prazo,
sobretudo na educação e capacitação dos atores envolvidos.
Em decorrência disso, verificaram-se, freqüentemente, conflitos entre
trabalhadores e supervisores tanto na definição quanto na execução dos trabalhos.
Houve momentos em que os trabalhadores se depararam com dificuldades surgidas
entre eles e suas chefias imediatas e não souberam como agir: em relação a “quê”
ou a “quem” obedecer.
Os conflitos, por sua natureza, somente aprofundam as dificuldades de
relacionamentos entre supervisores e trabalhadores, colocando, de um lado, os
procedimentos de trabalho, reconhecidos por ambos, como inadequados – escritos e
estabelecidos pela empresa – de outro, as indecisões ou as ordens dos supervisores
nem sempre coincidentes com tais procedimentos. Os supervisores sabem que o
atendimento aos procedimentos escritos é importante, mas que estes foram feitos
com a finalidade de otimizar os resultados da produção, e sabem, da mesma forma,
que a cobrança que recai sobre eles no dia-a-dia diz muito mais respeito aos
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