1 centro universitário senac - sp luiz augusto grando padilha ...

Mas é também o desenvolvimento da grande indústria, dos modelos de
produção em massa, com o desenvolvimento tecnológico que possibilitou a
aceleração dos processos industriais, da divisão do trabalho. Ficou evidente a
incapacidade da Medicina do Trabalho em dar respostas aos novos problemas que
aparecem. O elevado custo – social e econômico direto e indireto – dos danos à
saúde levou a uma reformulação do antigo modelo com a ampliação do lócus de
atuação. O ambiente de trabalho integra-se como objeto de intervenção e são
constituídas equipes multidisciplinares. É o surgimento da Saúde Ocupacional.
A partir da década de 70, evidencia-se a ação dessa área da Saúde
Ocupacional, em processo iniciado a partir do questionamento do próprio Welfare
State, como reflexo da crise econômica e das finanças públicas. Se o Welfare State
havia sido a resposta encontrada para superar a crise do capitalismo dos anos 30,
reconhecendo-se a necessidade de uma intervenção estatal efetiva, de maneira
regular e aperfeiçoar a alocação de recursos, isso foi desequilibrando. Essa
intervenção visou garantir o aumento do consumo como forma de estimular a
produção, promovendo, de um lado, certo grau de justiça distributiva e garantindo,
de outro lado, os requisitos da acumulação capitalista (FURTADO, 1974).
Esse modelo de financiamento público da economia capitalista e da
reprodução da força de trabalho por meio de gastos sociais vai perdendo também
por outros motivos. Estão nesses motivos, desde aqueles inerentes à sua própria
estrutura interna, como a burocratização e ineficiência, até os de ordem externa,
como a aceleração inflacionária e o aumento do desemprego, entre outros,
evidenciando uma incapacidade de garantir o crescimento e superar as crises
econômicas (Melo 1994). Com o esgotamento da política de bem-estar social é
também a insuficiência do modelo denominado Saúde Ocupacional. Se houve no
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