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tema Segurança Ocupacional, e, não há como fugir à regra: o ato de mudar começa pelo conhecimento daquilo que se deseja mudar. 6.3 AÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL O número considerável de técnicas, normas e programas de segurança e saúde ocupacional, existentes na empresa X, ainda em função da cultura dominante, é concebido e orientado somente para o atendimento a legislação que dispõem sobre a matéria. Ocorre ainda que os programas de SSO, existentes, fundamentados nesse princípio são, via de regra, pobres e de desempenho ruim, por várias razões, mas principalmente porque privilegiam as situações de risco que se apresentam em franco desacordo com a lei. É possível claramente listar alguns dos programas que apenas maquiam a segurança do trabalho na empresa estudada, sendo: Mapas de Risco, Ordens de Serviço, PPRA, PCMSO e CIPA, todos apenas cumprindo seus princípios “legalistas” e pouco envolvimento direto e compromissado dos gestores das áreas produtivas e dos trabalhadores. Paradoxalmente, por essa via, a empresa acaba gastando mais do que se estivesse controlando efetivamente seus ambientes de trabalho. Portanto, podemos afirmar que a empresa continua não protegendo os seus trabalhadores e, ainda, abre espaços ao acumulo de passivos, principalmente nos tempos atuais, no momento do pagamento da alíquota suplementar à aposentadoria especial. A crença de que o cumprimento da legislação trabalhista, previdenciária e de eventuais notificações provenientes a partir da visita dos Órgãos Fiscalizadores junto a empresa, restabelece a conformidade legal da empresa em relação à segurança e a saúde no trabalho, porém, tem provocado aborrecimentos constantes para alta 172
administração, simplesmente pelo fato de não ser esse expediente, em nenhum sentido, verdadeiro. A não conformidade entre os programas legais exigidos, para com a segurança e a saúde ocupacional é muito distante e por este motivo da inconveniência entre os altos índices de acidentes de trabalho ora estudados e a verdadeira orientação dos programas de SSO existentes na empresa. 6.4 ATITUDES DO TRABALHADOR NA OCORRÊNCIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO A cultura de SSO predominante na empresa estudada é notória em relação no estabelecimento do nexo causal dos acidentes e as atitudes e ações comportamentais do acidentado. É sabido que uma quantidade apreciável de acidentes do trabalho ocorridos na empresa “X” ou em qualquer parte do mundo tem suas origens no comportamento das vítimas, como conseqüência direta de erros no sistema de trabalho. Com relação a isso, são vários os indicadores relatados que demonstram esta afirmação. O que é mal compreendido é por que as pessoas se expõem, de maneira passiva, a determinadas condições de risco suscetíveis de lesá-las ou de matá-las, sem os reparos devidos, ainda que o reparo seja uma simples recusa do trabalho perigoso. Percebe-se, no entanto, que a recusa ao trabalho perigoso está prevista na política de SSO da empresa e na minuta de todos os treinamentos sobre SSO ministrados na empresa, porém, não sendo regularmente utilizada pelos trabalhadores ou não utilizada de forma nenhuma. Imaginar que o trabalhador se expôs a uma condição de risco que pode lesá- lo ou matá-lo simplesmente porque foi displicente, imprudente, negligente ou 173
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