40 Essas questões serão respondi<strong>da</strong>s ao longo de todo o trabalho, levando em consideração a política desenvolvi<strong>da</strong> pela Coordenadoria-Funci e, especificamente, as ações dos programas onde os <strong>jovens</strong> <strong>educadores</strong> sociais estão inseridos, que apresento no capítulo seguinte.
41 CAPÍTULO 2 – A EDUCAÇÃO SOCIAL NOS PROGRAMAS CRESCER COM ARTE E CIDADANIA E PONTE DE ENCONTRO: INTERVENÇÕES POSSÍVEIS Tanto a criança quanto o adolescente ocu<strong>para</strong>m espaços consideráveis na agen<strong>da</strong> política <strong>da</strong>s intenções; faltou, infelizmente, que sua causa se inserisse na agen<strong>da</strong> política <strong>da</strong>s ações, efetivamente. Rejane Batista Vasconcelos No Brasil, houve um grande crescimento dos grupos etários de 15 a 24 anos durante a déca<strong>da</strong> de 1990. Esse processo foi o resultado <strong>da</strong> dinâmica demográfica do passado recente e é conhecido como a “on<strong>da</strong> jovem” (RIBEIRO; LOURENÇO, 2003). Porém, ressaltam as autoras, que não se desconhece que, quando um determinado segmento se amplia significativamente na pirâmide populacional, emerge a exigência de planificação de ações públicas <strong>para</strong> atender as deman<strong>da</strong>s que se instalam a partir do fenômeno. As mu<strong>da</strong>nças sociais 42 <strong>da</strong>s últimas déca<strong>da</strong>s colocaram a juventude em evidência. <strong>Os</strong> reflexos de tais mu<strong>da</strong>nças acabam por atingir, violentamente, as crianças e os <strong>jovens</strong>, revelando o aumento de alguns fenômenos como: a exploração sexual infanto-juvenil, a exploração do trabalho infantil, a exclusão dos <strong>jovens</strong> do acesso à educação e ao mercado de trabalho e, sobretudo, o elevado índice de mortes violentas entre os <strong>jovens</strong>. Segundo Diógenes (2003, p. 52), “a juventude tem se projetado como vitrine <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>social</strong>”. Porém, a vitrine que ganha expressão pública, hoje, é a <strong>da</strong> violência causa<strong>da</strong> e sofri<strong>da</strong> pelos <strong>jovens</strong>, que acabam sendo estigmatizados e percebidos como “perigosos”, “marginais”. Não convém reforçar ou ficar apático frente à utilização de adjetivos negativos <strong>para</strong> ilustrar a “fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>” de um jovem, levando à equivoca<strong>da</strong> concepção de que a juventude é homogênea. Não há unanimi<strong>da</strong>de acerca do conceito de juventude, mas adoto aqui a sua conceituação enquanto produção sócio-histórica-cultural, já que ca<strong>da</strong> época e socie<strong>da</strong>de admitem sua concepção própria e lhe atribui funções específicas. 42 Indicadores sociais do IBGE e do Relatório Mundial sobre a Juventude, produzido em 2005, pela Organização <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s (ONU) informam que na faixa etária correspondente à população jovem se encontram os piores índices de evasão escolar, de desemprego, de falta de formação profissional, <strong>da</strong>s mortes por homicídio, envolvimento com drogas e com a criminali<strong>da</strong>de.
- Page 1 and 2: 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ C
- Page 3: 3 Dados Internacionais de Cataloga
- Page 6 and 7: 6 AGRADECIMENTOS A Deus - “quando
- Page 8 and 9: 8 Construções e Desconstruções
- Page 10 and 11: 10 ABSTRACT This dissertation versa
- Page 12 and 13: 12 ONGs - Organizações Não-Gover
- Page 14 and 15: 14 SUMÁRIO SUMÁRIO DE ABREVIAÇÕ
- Page 16 and 17: 16 INTRODUÇÃO No ano de 2005, arr
- Page 18 and 19: 18 Assim, adotando uma política de
- Page 20 and 21: 20 identitários e os globalizantes
- Page 22 and 23: 22 sócio-cultural própria, marcan
- Page 24 and 25: 24 CAPÍTULO 1 - PERCURSOS METODOL
- Page 26 and 27: 26 significando a construção e re
- Page 28 and 29: 28 reinstaladas e ocasionando a ext
- Page 30 and 31: 30 aproximação dos sujeitos selec
- Page 32 and 33: 32 Famílias Defensoras apresentava
- Page 34 and 35: 34 Crescer com Arte Social Completo
- Page 36 and 37: 36 temáticas. adolescentes o seu a
- Page 38 and 39: 38 desenvolvimento de oficinas tem
- Page 42 and 43: 42 Em consonância com a perspectiv
- Page 44 and 45: 44 chefe” das ações desenvolvid
- Page 46 and 47: 46 Alemanha 52 , visando se apresen
- Page 48 and 49: 48 fim da segregação e institucio
- Page 50 and 51: 50 Ainda em 1996, houve ampliação
- Page 52 and 53: 52 ao jovem me remete a pensar com
- Page 54 and 55: 54 que baixar em nossas casas ou al
- Page 56 and 57: 56 envolvimento da família junto a
- Page 58 and 59: 58 a minha experiência como monito
- Page 60 and 61: 60 (iii) abrigos conveniados 73 . A
- Page 62 and 63: 62 É perceptível o caráter de mi
- Page 64 and 65: 64 o educador social do Crescer est
- Page 66 and 67: 66 para ser contratado pela Institu
- Page 68 and 69: 68 CAPÍTULO 3 - FAZER PROFISSIONAL
- Page 70 and 71: 70 Essas imagens, construídas à
- Page 72 and 73: 72 Abrindo um parêntese, mas sem f
- Page 74 and 75: 74 na verdade não é uma situaçã
- Page 76 and 77: 76 possui habilidades artísticas o
- Page 78 and 79: 78 gestores. Eu, particularmente, r
- Page 80 and 81: 80 sensibilidade para as artes visu
- Page 82 and 83: 82 Esse último depoimento traz a i
- Page 84 and 85: 84 cedem espaço”; (iv) na tercei
- Page 86 and 87: 86 de outras ciências, como a Soci
- Page 88 and 89: 88 na Educação Social a gente apr
- Page 90 and 91:
90 conceituação de Educação Soc
- Page 92 and 93:
92 apud DELORS, 1996). E para conse
- Page 94 and 95:
94 o educador social deve ser jogad
- Page 96 and 97:
96 Nesse aspecto, Machado (2011, p.
- Page 98 and 99:
98 TABELA 5 - PERCURSOS E SENTIDOS
- Page 100 and 101:
100 social para me entreter. Sempre
- Page 102 and 103:
102 J K procurei um projeto social
- Page 104 and 105:
104 Os relatos das histórias de vi
- Page 106 and 107:
106 tudo o que é produzido pela su
- Page 108 and 109:
108 teóricas. Ou seja, as prática
- Page 110 and 111:
110 CONSIDERAÇÕES FINAIS: OS “A
- Page 112 and 113:
112 chegar a comprometer a própria
- Page 114 and 115:
114 atuações profissionais, no se
- Page 116 and 117:
116 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AB
- Page 118 and 119:
118 MARTINELLI, M. L. Serviço Soci
- Page 120 and 121:
120 ANEXOS UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
- Page 122 and 123:
122 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
- Page 124 and 125:
124 ORIENTAÇÕES PARA COMPREENSÃO
- Page 126 and 127:
126 solidárias. O eixo abrigos con
- Page 128:
128 humanos através de oficinas de