haccp - Inocuidade de Alimentos
haccp - Inocuidade de Alimentos
haccp - Inocuidade de Alimentos
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
2.2 ENFERMIDADES TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (ETA)<br />
Um surto <strong>de</strong> ETA é <strong>de</strong>finido pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention, nos EUA) como<br />
um inci<strong>de</strong>nte em que (1) duas ou mais pessoas apresentam uma enfermida<strong>de</strong> semelhante após a<br />
ingestão <strong>de</strong> um mesmo alimento, e (2) as análises epi<strong>de</strong>miológicas apontam o alimento como a<br />
origem da doença. Os surtos po<strong>de</strong>m envolver números diferenciados <strong>de</strong> casos (como caso, enten<strong>de</strong>-se<br />
um indivíduo afetado). Um único caso <strong>de</strong> botulismo ou envenenamento químico po<strong>de</strong> ser suficiente<br />
para <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar ações relativas a um surto, <strong>de</strong>vido à gravida<strong>de</strong> da doença por esses agentes. Ainda,<br />
é importante observar que po<strong>de</strong>m ocorrer casos isolados <strong>de</strong> doenças <strong>de</strong> origem alimentar, segundo o<br />
critério (2) do CDC.<br />
DEFINIÇÃO DE ETA:<br />
Duas ou mais pessoas sofrem uma doença similar,<br />
após a ingestão <strong>de</strong> um mesmo alimento.<br />
Os surtos e casos <strong>de</strong> ETA registrados representam apenas a “ponta do iceberg”. A probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que<br />
um surto ou caso seja reconhecido e notificado pelas autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, entre outros<br />
fatores, da comunicação dos consumidores, do relato dos médicos e das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vigilância<br />
sanitária das secretarias municipais e estaduais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
Os alimentos envolvidos com mais freqüência<br />
nos surtos <strong>de</strong> ETA são os <strong>de</strong> origem animal.<br />
Os alimentos envolvidos com mais freqüência nos surtos e casos <strong>de</strong> ETA são aqueles <strong>de</strong> origem<br />
animal. Em 48% dos surtos ocorridos entre 1973 e 1987, nos EUA, em que se i<strong>de</strong>ntificou o veículo,<br />
os produtos envolvidos eram carne bovina, ovos, carne suína, carne <strong>de</strong> aves, peixes, crustáceos,<br />
moluscos, ou produtos lácteos.<br />
Para que ocorra uma ETA, o patógeno ou sua(s) toxina(s) <strong>de</strong>ve(m) estar presente(s) no alimento.<br />
Entretanto, apenas a presença do patógeno não significa que a doença irá ocorrer. Na maioria dos<br />
casos <strong>de</strong> ETA:<br />
• O patógeno <strong>de</strong>ve estar presente em quantida<strong>de</strong> suficiente para causar uma infecção ou para<br />
22<br />
produzir toxinas.