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haccp - Inocuidade de Alimentos

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Dois surtos <strong>de</strong> botulismo foram associados a salmão enlatado e alimentos utilizados em restaurantes,<br />

como cebola sauteé, alho picado engarrafado, salada <strong>de</strong> batata preparada com batata assada, on<strong>de</strong> as<br />

próprias batatas assadas foram associadas a vários surtos. Além disso, pescado <strong>de</strong>fumado, quente ou<br />

frio, causou surto <strong>de</strong> botulismo tipo E.<br />

Um tempero engarrafado contendo alho picado e óleo foi responsável por três casos <strong>de</strong> botulismo nos<br />

EUA. Dois homens e uma mulher foram hospitalizados com botulismo, após consumir esta mistura<br />

usada no preparo <strong>de</strong> pão <strong>de</strong> alho. O alho engarrafado era mantido sob refrigeração, mas não continha<br />

nenhum aditivo ou barreira antibotulínicos.<br />

Três casos ocorreram no Brasil entre 1997 e 1999, todos causados por conserva <strong>de</strong> palmito (<strong>de</strong><br />

fabricação nacional e importados da Bolívia) e levaram as autorida<strong>de</strong>s brasileiras a exigir a<br />

implantação <strong>de</strong> GMP e HACCP nos estabelecimentos nacionais <strong>de</strong> industrialização <strong>de</strong> palmitos.<br />

Nos EUA, o CDC registra cerca <strong>de</strong> 100 casos <strong>de</strong> botulismo a cada ano, sendo que aproximadamente<br />

25% são <strong>de</strong> origem alimentar, 70% <strong>de</strong> botulismo infantil e 5% <strong>de</strong> botulismo por feridas.<br />

As medidas <strong>de</strong> controle incluem (1) prevenção <strong>de</strong> germinação <strong>de</strong> esporos, (2) processamento térmico<br />

a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> alimentos enlatados, e outros processos como salga ou secagem, fermentação ou<br />

acidificação, e (3) boas práticas <strong>de</strong> higiene. A manutenção apropriada da temperatura <strong>de</strong><br />

armazenamento abaixo <strong>de</strong> 3,3°C (38°F) não é uma medida eficaz, já que o C. botulinum tipo E po<strong>de</strong><br />

multiplicar-se em baixas temperaturas e os sintomas causados por esta cepa são muito graves. Os<br />

fatores que controlam o Clostridium botulinum e a conseqüente produção <strong>de</strong> toxina são apresentados<br />

na Tabela 13. Existem outros fatores, como aci<strong>de</strong>z, que também interferem no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta<br />

bactéria, mas que não estão suficientemente estudados.<br />

Tabela 13: Fatores que afetam o crescimento <strong>de</strong> Clostridium botulinum.<br />

PARÂMETROS C. botulinum A, B e F C. botulinum E<br />

Temperatura mínima<br />

Temperatura máxima<br />

pH mínimo<br />

pH máximo<br />

Aw mínima<br />

% máxima <strong>de</strong> NaCl<br />

10°C (50°F)<br />

50°C (122°F)<br />

4,6<br />

9,0<br />

0,94<br />

10<br />

3,3°C (37,94°F)<br />

45°C (113°F)<br />

-<br />

-<br />

0,965<br />

-<br />

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