haccp - Inocuidade de Alimentos
haccp - Inocuidade de Alimentos
haccp - Inocuidade de Alimentos
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Uma categoria in<strong>de</strong>terminada <strong>de</strong> botulismo implica casos em adultos, sem i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> um<br />
alimento específico ou <strong>de</strong> feridas. Supôs-se que alguns casos <strong>de</strong>sta categoria po<strong>de</strong>m resultar <strong>de</strong> colonização<br />
intestinal em adultos, com produção in vivo <strong>de</strong> toxinas. Os relatos da literatura médica sugerem a<br />
existência <strong>de</strong> uma forma <strong>de</strong>sta doença semelhante ao botulismo infantil, mas que acomete adultos.<br />
O botulismo <strong>de</strong> origem alimentar é um tipo grave <strong>de</strong> intoxicação causada pela ingestão <strong>de</strong><br />
alimentos que contêm a potente neurotoxina formada durante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Clostridium<br />
botulinum. A toxina é termolábil e po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>struída, se aquecida a 80°C (176°F), por 10 minutos. A<br />
incidência da doença é baixa, mas é consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> interesse, <strong>de</strong>vido ao alto índice <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> se<br />
não for diagnosticada e tratada a<strong>de</strong>quadamente.<br />
O botulismo <strong>de</strong> origem alimentar: é a forma mais severa<br />
<strong>de</strong> intoxicação <strong>de</strong> origem alimentar. É causada pela ingestão<br />
<strong>de</strong> alimentos contendo uma potente neurotoxina formada<br />
durante o crescimento do Clostridium botulinum.<br />
Uma quantida<strong>de</strong> muito pequena da toxina (alguns nanogramas) causa a doença. O início dos sintomas<br />
<strong>de</strong> botulismo <strong>de</strong> origem alimentar se dá entre 18 e 36 horas, após a ingestão do alimento contaminado<br />
com C. botulinum e que também contenha a toxina. Entretanto, a literatura registra casos com período<br />
<strong>de</strong> incubação variando <strong>de</strong> quatro horas a oito dias, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toxina ingerida.<br />
Os primeiros sinais da intoxicação são fadiga extrema, fraqueza e vertigem, normalmente seguidas <strong>de</strong><br />
visão dupla e dificulda<strong>de</strong> progressiva para falar e engolir. Outros sintomas comuns são dificulda<strong>de</strong> para<br />
respirar, paralisia muscular, distensão abdominal e constipação. Os sintomas gastrointestinais po<strong>de</strong>m<br />
incluir dor abdominal, diarréia ou constipação, e as causas <strong>de</strong> morte são falência respiratória e obstrução<br />
da entrada <strong>de</strong> ar na traquéia. Alguns casos <strong>de</strong> botulismo po<strong>de</strong>m ser mal diagnosticados <strong>de</strong>vido a sintomas<br />
transitórios ou leves, ou ser confundidos com outras doenças, como a síndrome <strong>de</strong> Guillain-Barré.<br />
60<br />
Qualquer alimento que permita o <strong>de</strong>senvolvimento e a produção <strong>de</strong> toxina, e cujo processamento<br />
permita a sobrevivência <strong>de</strong> esporos, e que não seja aquecido antes do consumo, po<strong>de</strong> estar associado<br />
ao botulismo alimentar. Quase todos os alimentos com pH acima <strong>de</strong> 4,6 po<strong>de</strong>m permitir o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento e a produção <strong>de</strong> toxina pelo C. botulinum. A toxina botulínica foi encontrada em uma<br />
gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos, como palmito em conserva, milho enlatado, pimenta, feijão ver<strong>de</strong> em<br />
conserva, sopas, conserva <strong>de</strong> beterraba, aspargo, cogumelos, azeitonas, espinafre, atum, frango, fígado<br />
<strong>de</strong> galinha, patê <strong>de</strong> fígado, carnes frias, presunto, embutidos, berinjela recheada, lagosta e pescado<br />
salgado e <strong>de</strong>fumado. As fontes <strong>de</strong> contaminação para os tipos A e B são o solo e a carne crua<br />
contaminada. O tipo E é encontrado em pescado.