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haccp - Inocuidade de Alimentos

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Nos EUA, uma média <strong>de</strong> 30 casos confirmados com cultura, <strong>de</strong> 10 a 20 internações, e <strong>de</strong> uma a três<br />

mortes são registrados a cada ano, na região do Golfo do México (incluindo os estados do Alabama,<br />

Flórida, Louisiana e Texas). No restante do país, estima-se que ocorram mais <strong>de</strong> 3.000 casos (a<br />

maioria sem confirmação por cultura), 40 hospitalizações e 7 mortes.<br />

As medidas para controlar o V. parahaemolyticus incluem o cozimento completo do pescado (evitar<br />

consumi-lo cru) e a prevenção da recontaminação após o cozimento. O controle <strong>de</strong> tempo e<br />

temperatura também é importante e envolve práticas <strong>de</strong> higiene pessoal. Os parâmetros que controlam<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> V. parahaemolyticus em alimentos estão na Tabela 10.<br />

Existem cepas produtoras <strong>de</strong> toxina, que são as patogênicas para o homem. Ainda não existem dados<br />

da relação entre V. parahaemolyticus patogênico/não patogênico no ambiente marinho.<br />

Vibrio vulnificus<br />

Vibrio vulnificus está normalmente presente em ambientes marinhos e esta bactéria precisa <strong>de</strong> sal para<br />

sobreviver. É encontrada principalmente no Golfo do México, mas é também isolada nos Oceanos<br />

Atlântico e Pacífico, sendo mais freqüente nos meses quentes. Essa bactéria infecta apenas o homem<br />

e outros primatas, e foi isolada em várias fontes ambientais, incluindo água, sedimento, plâncton,<br />

crustáceos (siris) e moluscos bivalves (ostras, mexilhões) em diversos locais. Alguns casos da doença<br />

foram associados aos lagos salobros em Oklahoma e Novo México.<br />

A dose infectante para produzir sintomas gastrointestinais em indivíduos sadios é <strong>de</strong>sconhecida, mas<br />

para pessoas com predisposição à infecção po<strong>de</strong> ocorrer septicemia com doses menores a 100<br />

organismos. Essa bactéria, assim como o V. parahaemolyticus, causa feridas, gastroenterite ou uma<br />

síndrome conhecida como “septicemia primária”. Esta forma da doença ocorre após o consumo <strong>de</strong><br />

pescado cru contaminado com microrganismos, em pessoas com algum tipo <strong>de</strong> doença crônica,<br />

principalmente doenças hepáticas. Nesses indivíduos, o microrganismo penetra na corrente sangüínea<br />

causando choque séptico, seguido rapidamente por morte em muitos casos (cerca <strong>de</strong> 50%). Mais <strong>de</strong><br />

70% dos indivíduos infectados apresentam lesões bolhosas na pele.<br />

As medidas <strong>de</strong> controle são o cozimento a<strong>de</strong>quado do pescado, em particular dos moluscos bivalves,<br />

e a prevenção da contaminação cruzada. A refrigeração rápida <strong>de</strong>sses moluscos nos meses quentes e a<br />

sua <strong>de</strong>puração diminuem o risco da infecção. Os indivíduos <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> alto risco <strong>de</strong>vem evitar o<br />

consumo <strong>de</strong> moluscos bivalves crus.<br />

A Tabela 10 apresenta os parâmetros que controlam a multiplicação do V. vulnificus em alimentos.<br />

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