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104<br />competitiva apresentem importância relativa, conforme as características setoriais. E a<br />mutabilidade é o efeito que as mudanças tecnológicas, de organização industrial e do<br />ambiente econômico, causam sobre as empresas. A mutabilidade põe a prova a<br />capacidade da empresa de adaptar-se ao meio e evoluir, numa inesperada similaridade<br />com a Teoria do Caos/Complexidade, que diz que a sobrevivência de um sistema<br />complexo está relacionado a sua capacidade de viver à margem do caos, isto é, da<br />desordem, e manter uma dinâmica que lhe permita sobreviver e evoluir.<br />A figura 19 mostra o efeito do padrão de concorrência sobre a estratégia da<br />firma ao longo do tempo:<br />Figura 19 – Padrão de concorrência e decisão estratégica<br />Fonte: Ferraz, Kupfer, Haguenauer (1997, p.8)
105<br />Nesse contexto amplo em que se insere o fenômeno da competitividade, os<br />autores explicam que não se pode atribuir à competitividade o fato de ser uma<br />característica própria de um produto, firma ou país, embora este seja o primeiro<br />pensamento quando se analisam os famosos rankings de competitividade, usualmente<br />publicados pelas agências internacionais de pesquisas.<br />De acordo com Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1997, p.8-9):<br />A riqueza do conceito formulado nesses termos (de não ser uma<br />característica intrínseca) reside na sua percepção como um fenômeno<br />que se plasma no âmbito da indústria, vale dizer, no conjunto de<br />firmas que a constitui e no mercado, este último não simplesmente<br />como parcela de demanda a ser conquistada ou mantida pela firma,<br />mas como o verdadeiro espaço de concorrência intercapitalista. A<br />competitividade está relacionada ao padrão de concorrência vigente no<br />mercado específico considerado. É o padrão de concorrência, portanto,<br />a variável determinante e a competitividade a variável determinada ou<br />de resultado.<br />A partir desse ponto, se a competitividade é a variável determinada, existem,<br />portanto os fatores determinantes que podem ser divididos em três categorias, a saber:<br />fatores empresariais, que são internos às empresas; fatores estruturais, que estão<br />relacionados à indústria na qual está inserida aquela firma, e fatores sistêmicos, que<br />estão ligados às condições gerais da economia.<br />Os fatores empresariais, como já dito, são os internos às empresas. Então, são os<br />fatores aos quais a empresa tem um controle direto, e são os fatores aos quais ela tem<br />um maior poder de intervenção em termos de controle e mudança. Os fatores<br />empresarias sintetizam-se nos recursos acumulados pela empresa, e o fator de<br />competitividade é o processo decisório que conduz à aplicação desses recursos<br />acumulados. Nesse aspecto, o uso da inovação, da gestão eficiente, da produção<br />atualizada e a competente utilização dos recursos humanos são os meios para garantir-se<br />um desempenho satisfatório quanto aos fatores empresariais.<br />Quanto aos fatores estruturais, estes dizem respeito ao ambiente competitivo em<br />que a empresa atua, estão relacionados à demanda e oferta do mercado e são<br />influenciados por instituições reguladoras e por agentes estatais. Pelas próprias<br />características desses fatores, o poder de influência da firma individual sobre eles é<br />pequena, pois a influência sobre esses fatores advém da concorrência.
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“Meus dias passaram tão rápido.
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Capítulo 7 - Siderurgia Mundial -
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