Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
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105<<strong>br</strong> />
Nesse contexto amplo em que se insere o fenômeno da <strong>com</strong>petitividade, os<<strong>br</strong> />
autores explicam que não se pode atribuir à <strong>com</strong>petitividade o fato de ser uma<<strong>br</strong> />
característica própria de um produto, firma ou país, embora este seja o primeiro<<strong>br</strong> />
pensamento quando se analisam os famosos rankings de <strong>com</strong>petitividade, usualmente<<strong>br</strong> />
publicados pelas agências internacionais de pesquisas.<<strong>br</strong> />
De acordo <strong>com</strong> Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1997, p.8-9):<<strong>br</strong> />
A riqueza do conceito formulado nesses termos (de não ser uma<<strong>br</strong> />
característica intrínseca) reside na sua percepção <strong>com</strong>o um fenômeno<<strong>br</strong> />
que se plasma no âmbito da indústria, vale dizer, no conjunto de<<strong>br</strong> />
firmas que a constitui e no mercado, este último não simplesmente<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o parcela de demanda a ser conquistada ou mantida pela firma,<<strong>br</strong> />
mas <strong>com</strong>o o verdadeiro espaço de concorrência intercapitalista. A<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>petitividade está relacionada ao padrão de concorrência vigente no<<strong>br</strong> />
mercado específico considerado. É o padrão de concorrência, portanto,<<strong>br</strong> />
a variável determinante e a <strong>com</strong>petitividade a variável determinada ou<<strong>br</strong> />
de resultado.<<strong>br</strong> />
A partir desse ponto, se a <strong>com</strong>petitividade é a variável determinada, existem,<<strong>br</strong> />
portanto os fatores determinantes que podem ser divididos em três categorias, a saber:<<strong>br</strong> />
fatores empresariais, que são internos às empresas; fatores estruturais, que estão<<strong>br</strong> />
relacionados à indústria na qual está inserida aquela firma, e fatores sistêmicos, que<<strong>br</strong> />
estão ligados às condições gerais da economia.<<strong>br</strong> />
Os fatores empresariais, <strong>com</strong>o já dito, são os internos às empresas. Então, são os<<strong>br</strong> />
fatores aos quais a empresa tem um controle direto, e são os fatores aos quais ela tem<<strong>br</strong> />
um maior poder de intervenção em termos de controle e mudança. Os fatores<<strong>br</strong> />
empresarias sintetizam-se nos recursos acumulados pela empresa, e o fator de<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>petitividade é o processo decisório que conduz à aplicação desses recursos<<strong>br</strong> />
acumulados. Nesse aspecto, o uso da inovação, da gestão eficiente, da produção<<strong>br</strong> />
atualizada e a <strong>com</strong>petente utilização dos recursos humanos são os meios para garantir-se<<strong>br</strong> />
um desempenho satisfatório quanto aos fatores empresariais.<<strong>br</strong> />
Quanto aos fatores estruturais, estes dizem respeito ao ambiente <strong>com</strong>petitivo em<<strong>br</strong> />
que a empresa atua, estão relacionados à demanda e oferta do mercado e são<<strong>br</strong> />
influenciados por instituições reguladoras e por agentes estatais. Pelas próprias<<strong>br</strong> />
características desses fatores, o poder de influência da firma individual so<strong>br</strong>e eles é<<strong>br</strong> />
pequena, pois a influência so<strong>br</strong>e esses fatores advém da concorrência.