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Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br

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165<<strong>br</strong> />

inclusive modificar a estrutura do setor no Brasil. No caso <strong>br</strong>asileiro, devido a tardia<<strong>br</strong> />

internacionalização, este é um fator que pode manifestar-se futuramente.<<strong>br</strong> />

Ao tratar-se dos impactos da flutuação do câmbio so<strong>br</strong>e a exportação, não se<<strong>br</strong> />

pode deixar de verificar a questão do Sistema Monetário Internacional. Isso, porque o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>ércio internacional depende da existência de um arranjo cambial que o possibilite.<<strong>br</strong> />

Atualmente, as regras do FMI oferecem a cada país mem<strong>br</strong>o do organismo a autoridade<<strong>br</strong> />

para definir o arranjo cambial a ser adotado. Assim, dentro deste “não sistema”, tem<<strong>br</strong> />

prevalecido o mecanismo de livre flutuação na modalidade “flutuação suja”.<<strong>br</strong> />

Tal modalidade oferece ao país a possibilidade de manter o equilí<strong>br</strong>io interno<<strong>br</strong> />

(geração de empregos) e externo da economia (equilí<strong>br</strong>io no balanço de pagamentos).<<strong>br</strong> />

No entanto, o sistema traz incerteza às empresas exportadoras. Essa incerteza relacionase<<strong>br</strong> />

ao fato de que a exportação de produtos siderúrgicos efetiva-se <strong>com</strong> meses de<<strong>br</strong> />

antecedência. Então, entre o momento do embarque da mercadoria e o momento do<<strong>br</strong> />

pagamento, há um risco pesando so<strong>br</strong>e o exportador. Esse risco relaciona-se à<<strong>br</strong> />

desvalorização, no qual ele seria beneficiado, porque receberia mais reais pela mesma<<strong>br</strong> />

quantidade de dólar exportada, ou inversamente, relaciona-se à valorização, no qual a<<strong>br</strong> />

empresa seria prejudicada, por receber menos reais por dólares exportados. Ou seja,<<strong>br</strong> />

existe uma exposição <strong>das</strong> empresas ao risco de câmbio. Essa exposição, em tese, não<<strong>br</strong> />

significa perda, mas a necessidade de contratar proteção, que tem custos financeiros.<<strong>br</strong> />

Portanto, conforme Ihrig, a exposição ao câmbio afeta a rentabilidade <strong>das</strong> empresas.<<strong>br</strong> />

Este foi o caso da Cosipa, em 2001, e da CSN, em 2000. A Cosipa, pelo elevado<<strong>br</strong> />

valor da proteção, não a efetuou, tendo prejuízos. A CSN, ao contrário, protegeu to<strong>das</strong><<strong>br</strong> />

as suas dívi<strong>das</strong> e perdeu <strong>com</strong> a valorização do real ocorrida no final do ano de 2000.<<strong>br</strong> />

Continuando so<strong>br</strong>e a pesquisa, tratou-se da política cambial <strong>br</strong>asileira. A<<strong>br</strong> />

importância deste tópico, para o trabalho, deve-se ao fato de que é a alteração da moeda<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira que influencia os resultados financeiros oriundos da exportação efetua<strong>das</strong><<strong>br</strong> />

pelas indústrias siderúrgicas. E o processo de flutuação da moeda não está sob controle<<strong>br</strong> />

<strong>das</strong> empresas, mas do Estado.<<strong>br</strong> />

Ao adotar o Real, o governo intencionava controlar o processo inflacionário<<strong>br</strong> />

crônico enfrentado pelo país. Para isso, manteve uma política de so<strong>br</strong>evalorização<<strong>br</strong> />

cambial que, para funcionar, requisitava a manutenção de juros elevados. Essa política,<<strong>br</strong> />

que durou até janeiro de 1999, resultou num estímulo para as empresas contraírem<<strong>br</strong> />

dívi<strong>das</strong> no exterior, devido aos custos de financiamento mais baixos e devido à<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>evalorização da moeda, que facilitava o pagamento dos empréstimos. No entanto,

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