Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
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97<<strong>br</strong> />
abertura <strong>com</strong>ercial que ocorreu so<strong>br</strong>e o setor siderúrgico. Ao adotar-se o período<<strong>br</strong> />
histórico de estudo, considerou-se que o impacto principal da abertura <strong>com</strong>ercial já<<strong>br</strong> />
estaria consolidado so<strong>br</strong>e o setor, uma vez que a privatização e a abertura <strong>com</strong>ercial<<strong>br</strong> />
enfrenta<strong>das</strong> pela siderurgia ocorreram nos primeiros anos da década de 1990, ao passo<<strong>br</strong> />
que o estudo <strong>com</strong>eça a tratar da variável câmbio a partir de 1997.<<strong>br</strong> />
No entanto, a realidade é muito mais <strong>com</strong>plexa do que o modelo abstrato criado<<strong>br</strong> />
pela mente humana para apreender esta mesma realidade. Sendo assim, não se pode<<strong>br</strong> />
desconsiderar que, pela própria dinâmica da realidade, os efeitos da abertura do<<strong>br</strong> />
mercado ainda estejam ocorrendo, uma vez que este acontecimento ainda não esgotou<<strong>br</strong> />
seus efeitos, embora seus maiores impactos já tenham ocorrido.<<strong>br</strong> />
Essa é uma consideração que tem de ser levada em conta, porque as decisões<<strong>br</strong> />
governamentais so<strong>br</strong>e a regulação do mercado e os acordos internacionais so<strong>br</strong>e novas<<strong>br</strong> />
aberturas de mercado, tais <strong>com</strong>o a discussão da Alca, a proposta de livre <strong>com</strong>ércio<<strong>br</strong> />
União Européia – Mercosul, e mesmo a proposta de aprofundamento do Mercado<<strong>br</strong> />
Comum do Sul, levam os participantes do mercado a atuarem so<strong>br</strong>e uma perspectiva de<<strong>br</strong> />
mais abertura e este viés, pode interferir so<strong>br</strong>e a realidade que as empresas tentam<<strong>br</strong> />
antecipar.<<strong>br</strong> />
Assim, Ferreira e Guillén (2002, p. 4-5) tratando so<strong>br</strong>e os efeitos da abertura<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>e a <strong>com</strong>petitividade afirmam que:<<strong>br</strong> />
Um primeiro argumento normalmente colocado por economistas a<<strong>br</strong> />
favor da flexibilização <strong>das</strong> relações <strong>com</strong>erciais é que barreiras<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>erciais têm <strong>com</strong>o conseqüência principal a redução da eficiência<<strong>br</strong> />
do setor industrial. Em primeiro lugar, em um mercado caracterizado<<strong>br</strong> />
por barreiras a entrada, <strong>com</strong> ausência de <strong>com</strong>petidores internacionais,<<strong>br</strong> />
as firmas domésticas poderão ter poder de mercado e excesso de lucro.<<strong>br</strong> />
O resultado deste arranjo econômico é que as firmas poderão produzir<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> um mínimo de eficiência e ter o maior lucro possível a partir do<<strong>br</strong> />
seu produto dados os insumos utilizados. Em segundo lugar, em<<strong>br</strong> />
mercados caracterizados por concorrência imperfeita, a proteção<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>ercial pode atrair pequenos produtores ineficientes o que implica<<strong>br</strong> />
em custos de produção crescentes. Como pode ser verificado<<strong>br</strong> />
amplamente na literatura, estes efeitos na organização do tecido<<strong>br</strong> />
industrial são umas <strong>das</strong> maiores causas de perda de bem-estar.<<strong>br</strong> />
Um segundo argumento forte a favor da abertura, oriundo dos estudos<<strong>br</strong> />
clássicos de <strong>com</strong>ércio internacional, sustenta que existe um elevado<<strong>br</strong> />
custo pago pela alocação de recursos de maneira equivocada em áreas<<strong>br</strong> />
nas quais o país não tem vantagem <strong>com</strong>parativa. Um terceiro<<strong>br</strong> />
argumento favorável para uma maior exposição internacional é que ela<<strong>br</strong> />
seria a principal responsável pelo incremento <strong>das</strong> taxas de crescimento<<strong>br</strong> />
motivada pela aceleração da taxa de mudança tecnológica. Em uma<<strong>br</strong> />
economia sem restrições <strong>com</strong>erciais, as empresas domésticas podem<<strong>br</strong> />
aumentar a qualidade de seus produtos e sua produtividade fazendo<<strong>br</strong> />
uso de uma gama maior de (melhores) insumos antes restritos por