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Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br

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64<<strong>br</strong> />

dependia da estabilidade do dólar e da política monetária e fiscal dos Estados Unidos.<<strong>br</strong> />

No dizer de Krugman e Obstfeld (1999, p. 554):<<strong>br</strong> />

O sistema elaborado pelo acordo de Bretton Woods estabeleceu taxas<<strong>br</strong> />

de câmbio fixas em relação ao dólar norte-americano e um preço em<<strong>br</strong> />

dólares do ouro invariável – US$ 35 por onça. Os países mem<strong>br</strong>os<<strong>br</strong> />

mantinham suas reservas internacionais oficiais em grande parte na<<strong>br</strong> />

forma de ativos em ouro ou dólares e tinham o direito de vender<<strong>br</strong> />

dólares para o Federal Reserve em troca de ouro ao preço oficial. O<<strong>br</strong> />

sistema era um padrão câmbio-ouro, <strong>com</strong> o dólar <strong>com</strong>o sua principal<<strong>br</strong> />

moeda de reserva. (...) O dólar era a ‘n-ésima moeda’ em termos <strong>das</strong><<strong>br</strong> />

quais N-1 taxas de câmbio do sistema eram defini<strong>das</strong>. [Assim], os<<strong>br</strong> />

Estados Unidos intervinham apenas raramente no mercado de câmbio<<strong>br</strong> />

[ao passo que] em geral, os N-1 bancos centrais intervinham quando<<strong>br</strong> />

necessário para fixar as N-1 taxas de câmbio do sistema, enquanto os<<strong>br</strong> />

Estados Unidos eram responsáveis em teoria pela fixação do preço do<<strong>br</strong> />

ouro em dólares.<<strong>br</strong> />

O objetivo do acordo de Bretton Woods era conceder aos países mem<strong>br</strong>os do<<strong>br</strong> />

FMI a possibilidade conciliar o equilí<strong>br</strong>io interno <strong>com</strong> o externo, levando em conta as<<strong>br</strong> />

necessidades nacionais e os objetivos de crescimento acelerado que a política de cada<<strong>br</strong> />

país tomava <strong>com</strong>o fundamental.<<strong>br</strong> />

Assim, optou-se por um conjunto de três mecanismos, para manter as taxas de<<strong>br</strong> />

câmbio em equilí<strong>br</strong>io. O primeiro foi a possibilidade de ajustes nas taxas de câmbio,<<strong>br</strong> />

quando houvesse “desequilí<strong>br</strong>ios fundamentais”, termo este nunca suficientemente<<strong>br</strong> />

esclarecido. A possibilidade de mudar a taxa de câmbio, por meio de valorização ou<<strong>br</strong> />

desvalorização, conforme o caso, antes não permitida no padrão-ouro, era um meio para<<strong>br</strong> />

eliminar os déficits no Balanço de Pagamentos, sem que se recorresse a instrumentos<<strong>br</strong> />

recessivos, num período em que o pleno emprego era o objetivo principal de cada<<strong>br</strong> />

sociedade. O segundo mecanismo foi os controles cambiais, que, pouco utilizados em<<strong>br</strong> />

períodos anteriores, buscavam impedir a formação de capitais especulativos<<strong>br</strong> />

internacionais voláteis, que pudessem desestabilizar as taxas de câmbio, <strong>com</strong>o ocorrera<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o franco francês, na década de 1920 e <strong>com</strong> a li<strong>br</strong>a esterlina, na década de 1930<<strong>br</strong> />

(EICHENGREEN, 2000). Por fim, o terceiro mecanismo constituía-se no FMI, que<<strong>br</strong> />

deveria ser o provedor de recursos para auxiliar países a enfrentar pressão de mercado,<<strong>br</strong> />

ao mesmo tempo em que era o instrumento necessário para forçar os países à<<strong>br</strong> />

solidariedade internacional, nem sempre ativa.<<strong>br</strong> />

Embora os três mecanismos fossem <strong>com</strong>plementares, o mais utilizado foi o<<strong>br</strong> />

controle cambial, que permitia o ajuste <strong>das</strong> paridades, quando necessário, e impedia a<<strong>br</strong> />

formação de grandes capitais voláteis, de modo a tornar factível a defesa dessas

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