Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br

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Pode-se considerar que o câmbio não aumenta a capacidade exportadora da<br />
indústria siderúrgica brasileira. Efeitos benéficos, se existiram, foram marginais e de<br />
curta duração. Para que o câmbio pudesse colaborar intensivamente para a<br />
competitividade exportadora da indústria siderúrgica brasileira, um conjunto de fatores<br />
teriam de atuar simultaneamente. Esses fatores seriam a queda das barreiras<br />
protecionistas nos países desenvolvidos, o retorno do crescimento econômico vigoroso<br />
na maioria dos países do mundo, e o controle sobre a oferta de produtos de baixa<br />
qualidade, vendidos a preço abaixo do custo das usinas do Leste Europeu. Além disso, a<br />
moeda brasileira tem de manter uma desvalorização acentuada e previsível em relação<br />
ao dólar americano, de modo a propiciar ao exportador uma capacidade de<br />
planejamento financeiro de maior prazo para sua atuação externa.<br />
Finalmente, aceita a hipótese diretriz que norteou este trabalho, uma última<br />
questão poderia ser efetuada. As medidas protecionistas foram adotadas pelos países<br />
desenvolvidos, para anular os efeitos benéficos da desvalorização cambial, ou adotou-se<br />
a desvalorização cambial como mecanismo para burlar o protecionismo Para o período<br />
da pesquisa, pode-se dizer que o protecionismo é anterior à desvalorização, mas para<br />
períodos históricos mais longos, não há uma resposta clara. Sugere-se que esta questão<br />
seja objeto de uma pesquisa, para ampliar o conhecimento sobre o assunto.