Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br

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reduzir à medida que continuem melhorando os rendimentos do<br />
lingotamento e laminação do aço. Espera-se que, com a maior<br />
difusão do lingotamento contínuo, no ano 2000 a geração de<br />
sucata doméstica caia brutalmente de 18 para 2% do total de aço<br />
produzido. Agregando-se a isto o impacto da melhoria de<br />
eficiência na laminação o resultado é uma queda ainda maior. A<br />
geração de sucata nova também vai diminuir, pois se espera que<br />
haja melhoras na eficiência dos consumidores de aço.<br />
Desta forma, todo o crescimento da demanda por sucata deve ser<br />
abastecido com sucata velha, o que criará problemas para os<br />
produtores de aço mais nobres, com baixo teor de resíduos, pois<br />
a qualidade da sucata velha não é passível de controle, já que é<br />
gerada externamente ao processo siderúrgico (BRITO, 1997,<br />
p.21).<br />
Desse modo, o processo integrado é mais vantajoso para o Brasil, devido a<br />
abundância de matéria-prima que é melhor aproveitada em usinas de grande escala de<br />
produção. Este fato é confirmado pela realidade do setor, pois em 2001, 84,7% da<br />
produção de aço bruto no país originou-se das usinas integradas, ao passo que apenas<br />
15,3% proveio das mini-usinas (IBS, 2002).<br />
Assim, para as usinas siderúrgicas brasileiras, as vantagens de sua constituição<br />
como usinas integradas e a vantagem de disponibilidade de matéria-prima são<br />
importantes. No entanto, já não é condição suficiente para a competitividade. Isto<br />
porque, de acordo com Brito (1997), as usinas integradas dos países desenvolvidos<br />
enfrentam grande pressão de seus competidores, por serem usinas antigas de altos<br />
custos e baixa flexibilidade. Este fato demonstra a importância dos investimentos feitos<br />
e previstos pelas siderúrgicas brasileiras, pois a jovialidade da planta traz vantagem<br />
competitiva. Nas palavras do autor:<br />
Em relação aos produtores tradicionais, ele estão sob grande pressão<br />
na maioria dos países desenvolvidos, principalmente porque possuem,<br />
em geral, plantas antigas, custos fixos altos, menor flexibilidade na<br />
produção, dificuldades para diminuir o número de empregados, devido<br />
aos sindicatos bem organizados e componentes tecnológicos<br />
ambientalmente problemáticos, como é o caso dos altos-fornos e<br />
sinterizações, além de envolverem altos custos energéticos (BRITO,<br />
1997, p.22).<br />
Um melhor entendimento das diferenças entre as duas “rotas tecnológicas”<br />
existentes no Setor Siderúrgico pode ser efetuado pela observação da figura 27: