Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
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59<<strong>br</strong> />
Portanto, se as externalidades em rede “caracterizam os arranjos monetários<<strong>br</strong> />
internacionais”, Eichengreen (2000, p.26), elas o fazem pela necessidade dos países de,<<strong>br</strong> />
simultaneamente, aproveitar os ganhos da adoção de sistema semelhante e de<<strong>br</strong> />
aproveitar-se de medi<strong>das</strong> toma<strong>das</strong> em conjunto para manter a funcionalidade do sistema<<strong>br</strong> />
escolhido. Nas palavras do autor:<<strong>br</strong> />
O esquema monetário internacional que um país prefere adotar será<<strong>br</strong> />
influenciado pelos arranjos adotados em outros países. Na medida em<<strong>br</strong> />
que as decisões de um país, em determinado momento, dependam de<<strong>br</strong> />
decisões toma<strong>das</strong> por outros países em períodos precedentes, ele será<<strong>br</strong> />
influenciado pela história. O sistema monetário internacional será<<strong>br</strong> />
função de trajetória. Assim, um evento casual <strong>com</strong>o a adoção<<strong>br</strong> />
“acidental” do padrão ouro pela Grã-Bretanha no século XVIII pôde<<strong>br</strong> />
colocar o sistema numa trajetória na qual praticamente o mundo<<strong>br</strong> />
inteiro veio a adotar esse mesmo padrão num prazo de 150 anos<<strong>br</strong> />
(EICHENGREEN, 2000, p. 26).<<strong>br</strong> />
Desse modo, as fases do Sistema Monetário Internacional estão intimamente<<strong>br</strong> />
relaciona<strong>das</strong> <strong>com</strong> os fatores históricos. Tais fatores devem ter gerado vantagens a um<<strong>br</strong> />
determinado sistema em vigor, em detrimento de outros, de modo que sua adoção por<<strong>br</strong> />
um conjunto de países tenha criado as externalidades em rede, que tornaram sua adoção<<strong>br</strong> />
atrativa para os países “seguidores”, de modo a consituir-se no padrão do Sistema<<strong>br</strong> />
Monetário Internacional.<<strong>br</strong> />
Com efeito, partindo-se da premissa de Eichengreen, e juntando-se <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />
ensinamentos de Gonçalves, Baumann, et. al., pode-se dizer que o Sistema Monetário<<strong>br</strong> />
Internacional contou <strong>com</strong> três modelos institucionais distintos para normatizar o padrão<<strong>br</strong> />
monetário internacional e a conversibilidade entre as moe<strong>das</strong>. O primeiro Sistema foi o<<strong>br</strong> />
padrão-ouro. O segundo, o Sistema de Bretton Woods, ou padrão misto dólar-ouro e,<<strong>br</strong> />
por fim, o terceiro, caracterizado <strong>com</strong>o “não-sistema”, que permite uma “multiplicidade<<strong>br</strong> />
de arranjos existentes” (GONÇALVES, BAUMANN, et. al., 1998, p. 269).<<strong>br</strong> />
4.2.1 O Padrão-Ouro<<strong>br</strong> />
O primeiro padrão do sistema, o padrão-ouro, conforme Eichengreen, surgiu por<<strong>br</strong> />
acidente da história, quando a Grã-Bretanha viu suas moe<strong>das</strong> de prata sumirem de<<strong>br</strong> />
circulação, por conta da importação de ouro do Brasil. Seu reconhecimento, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
sistema, deu-se em 1774, “quando se aboliu o curso forçado <strong>das</strong> moe<strong>das</strong> de prata em