Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br

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130<br />de excesso de produção enfrentado pelo setor siderúrgico advém dos problemas da<br />siderurgia do Leste Europeu.<br />Chega-se a esta conclusão pela observação de que, durante o período de<br />conversão para o capitalismo, as economias desses países apresentaram redução<br />considerável de tamanho, por conta da recessão que enfrentaram. Essa situação refletiuse<br />no mercado mundial de aço, conforme nos mostra Brito (1997, p.11-12):<br />De acordo com Paula (1994), com a reestruturação dos países do Leste<br />Europeu, ocorrida a partir de 1989, o consumo aparente de aço nestes<br />países apresentou uma queda superior a da produção, levando ao<br />aumento de suas exportações. A conseqüência desta estratégia de<br />expansão de exportações foi o aumento do excedente da oferta de aço<br />no mercado internacional e, consequentemente, pressão para redução<br />do preço do produto, o que afetou a siderurgia mundial como um todo.<br />Além do problema do aumento da oferta, tinha-se como agravante o<br />fato de que os países do Leste Europeu entraram no mercado com seus<br />produtos a preços muito mais baixos do que os comumentemente<br />praticados, o que afetou diretamente a siderurgia da Europa Ocidental.<br />Segundo Vondran (1993) ‘as mudanças no volume já seriam maléficas<br />o bastante (para o mercado na Europa Ocidental), mas o efeito dos<br />preços muito mais baixos praticados pelos produtores do Leste<br />Europeu como forma de entrar no mercado é ainda mais desastroso.<br />Na média, os newcomers estão colocando no mercado produtos a<br />preços pelo menos 25% menores do que os vigentes’.<br />Logo, não é apenas a retração econômica dos países da região a geradora do<br />problema. O problema se dá no fato de que os países do Leste Europeu estão enviando<br />ao exterior a produção que não conseguem escoar internamente a preços baixos,<br />afetando a média histórica de preços do Setor, que vem se reduzindo e afetando as<br />finanças de empresas tecnologicamente eficientes. E isso tem repercutido na<br />organização oligopólica do setor, em nível mundial. Embora o oligopólio não tenha se<br />desarticulado, ele foi enfraquecido. É o que se nota da afirmação de Pinho e Oliveira<br />(2001, p.9):<br />A persistência por um período prolongado na condição de elevada<br />margem de ociosidade desarticulou os mecanismos de coordenação<br />oligopolística do setor. Por isso, os preços internacionais do aço<br />jamais recuperaram-se integralmente das quedas verificadas durante a<br />recessão do início da década de 80.<br />Por outro lado, comparando-se as tabelas 14 e 15, evidencia-se uma significativa<br />concentração do comércio e do consumo de aço entre, relativamente, poucos países,<br />considerando-se o total de nações existentes. Essa concentração pode ser melhor notada<br />nas figuras 29, 30 e 31, 32, de produção e consumo de aço, distribuídos
131<br />geograficamente. Observe que não houve, entre os anos de 1991 e 2001, significativas<br />mudanças na distribuição geográfica da produção e do consumo.<br />1%<br />9%<br />1% 4%<br />2%<br />18%<br />7%<br />19%<br />Produção 1991<br />14%<br />10%<br />15%<br />Figura 29 – Produção de aço por região geográfica em 1991<br />Nafta<br />China<br />Japão<br />União Européia<br />Europa outros<br />Ex- URSS<br />África<br />Fonte: International Iron&Steel Institute (2002). Adaptado pelo autor<br />Oriente Médio<br />América Latina<br />Austrália/Outros<br />Outros Ásia<br />1%<br />2%<br />12%<br />12%<br />1%<br />5%<br />5%<br />18%<br />Produção 2001<br />14%<br />12%<br />18%<br />Figura 30 – Produção de aço por região geográfica em 2001<br />Fonte: International Iron&Steel Institute (2002). Adaptado pelo autor<br />Nafta<br />China<br />Japão<br />União Européia<br />Europa outros<br />Ex- URSS<br />África<br />Oriente Médio<br />América Latina<br />Austrália/Outros<br />Outros Ásia
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Drauzio Antonio Rezende Junior nada teria
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“Meus dias passaram tão rápido.
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