Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br
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acessíveis, aumentando suas possibilidades de consumo, o que se<<strong>br</strong> />
poderia traduzir por uma elevação de seu bem-estar.<<strong>br</strong> />
Entretanto, não é o que se verifica na prática. Os vários países<<strong>br</strong> />
procuram produzir praticamente tudo, aplicando as chama<strong>das</strong> políticas<<strong>br</strong> />
de “substituição de importações” a qualquer custo e criando uma série<<strong>br</strong> />
de entraves ao <strong>com</strong>ércio internacional (direitos aduaneiros elevados,<<strong>br</strong> />
quotas, proibições diversas). Com isso os consumidores nacionais<<strong>br</strong> />
acabam sendo prejudicados, pois vão pagar mais caro por um artigo<<strong>br</strong> />
nacional de menor qualidade.<<strong>br</strong> />
A explicação de Ratti mostra <strong>com</strong>o o <strong>com</strong>ércio ou a falta dele impacta os<<strong>br</strong> />
consumidores. Contudo, é prudente lem<strong>br</strong>ar que as restrições ao <strong>com</strong>ércio atingem<<strong>br</strong> />
também às indústrias. Isso porque, ao aumentar os preços de entrada <strong>das</strong> mercadorias no<<strong>br</strong> />
país, digamos, matéria-prima, a proteção acaba por tirar <strong>com</strong>petitividade da indústria<<strong>br</strong> />
para exportação, ao tornar o preço do produto mais caro, ou mantido o preço, para que<<strong>br</strong> />
seja mantida a <strong>com</strong>petitividade, ao forçar a empresa a absorver custos maiores e ter<<strong>br</strong> />
margens de retorno menores.<<strong>br</strong> />
Os entraves, no entanto, existem por conta da limitação na especialização da<<strong>br</strong> />
produção. A um país pode não ser conveniente especializar-se num único tipo de<<strong>br</strong> />
indústria, porque existe a necessidade de outros produtos de consumo interno e em<<strong>br</strong> />
condições adversas, o produto nacional, que tem de ser exportado para a importação <strong>das</strong><<strong>br</strong> />
outras mercadorias, pode não ser vendido, ou se o for, a preços ínfimos, dificultando o<<strong>br</strong> />
abastecimento interno. Por conta disso, os governos optam por uma diversificação<<strong>br</strong> />
produtiva, mesmo não existindo eficiência produtiva por questões precaucionais.<<strong>br</strong> />
Além disso, existe o fator da segurança nacional. Um <strong>com</strong>ércio internacional<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>pletamente livre criaria uma rede de interdependência internacional. Porém, os<<strong>br</strong> />
países temem dependência de insumos importados, no caso de conflagração<<strong>br</strong> />
internacional. Adicionalmente, existem os grupos de pressão internos, normalmente<<strong>br</strong> />
grupos empresariais que, embora não sejam <strong>com</strong>petitivos internacionalmente, e por isso<<strong>br</strong> />
mesmo, clamam do governo proteção para que seja mantida a existência do Setor e,<<strong>br</strong> />
portanto, para que os empregos sejam mantidos.<<strong>br</strong> />
E por fim, existe o interesse pela industrialização. A maioria dos países acredita<<strong>br</strong> />
que a industrialização melhora as condições de vida de sua população, e, por conta<<strong>br</strong> />
disso, e levando-se em consideração as teorias de Listz de indústria nascente, buscam<<strong>br</strong> />
fechar seus mercados aos insumos importados. É o que afirma Ratti(2001, p.369-370),<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> outras palavras: