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Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br

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5. Panorama da Taxa de Câmbio Brasileira após o Plano Real<<strong>br</strong> />

Após a análise dos aspectos teóricos do <strong>com</strong>ércio internacional, no capítulo 3, e<<strong>br</strong> />

do histórico do sistema monetário internacional, no capítulo 4, faz-se mister, neste<<strong>br</strong> />

ponto, a reconstituição do <strong>com</strong>portamento da moeda nacional <strong>br</strong>asileira no período<<strong>br</strong> />

recente, de modo que se possa contextualizar este <strong>com</strong>portamento dentro do objeto de<<strong>br</strong> />

estudo, que visa observar os impactos da variação da taxa de câmbio so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitividade exportadora do Setor Siderúrgico.<<strong>br</strong> />

5.1 A Política Cambial Brasileira (1994 – 1998)<<strong>br</strong> />

O Real, enquanto moeda nacional, teve início em 1º de julho de 1994. Neste<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>eço, a política cambial adotada previa a livre flutuação da moeda, de modo que o<<strong>br</strong> />

mercado ditaria seu valor, tendo-se, no entanto, um <strong>com</strong>promisso do Governo e do<<strong>br</strong> />

Banco Central, para que o valor do câmbio não se distanciasse muito da paridade<<strong>br</strong> />

R$1,00/US$1.00. Isto é o que se depreende da afirmação de Franco (1999, p. 302):<<strong>br</strong> />

Quando o regime de livre flutuação cambial foi adotado em 15 de<<strong>br</strong> />

janeiro de 1999, pouca gente lem<strong>br</strong>ava que o Real nasceu flutuando, e<<strong>br</strong> />

que o então Diretor da Área Externa do BC teve de dar muitas<<strong>br</strong> />

explicações so<strong>br</strong>e a necessidade da medida, da importância de os<<strong>br</strong> />

mercados funcionarem e de o câmbio deixar de ser uma espécie de<<strong>br</strong> />

‘tarifa pública’ (...) A apreciação do Real em julho de 1994 estava<<strong>br</strong> />

longe de ser mal recebida, pois não havia quem defendesse uma<<strong>br</strong> />

desvalorização na partida. A questão aqui sempre foi a dosagem:<<strong>br</strong> />

alguns achavam que as coisas estavam indo longe demais e que o BC<<strong>br</strong> />

precisava intervir para colocar um ‘piso’ nesta flutuação, que só<<strong>br</strong> />

flutuava para baixo, o que acabou sendo feito de modo informal ao<<strong>br</strong> />

nível de R$ 0,83 por dólar.<<strong>br</strong> />

Bacha, por sua vez, conta o início da política cambial do Real de uma maneira<<strong>br</strong> />

um pouco distinta. Segundo o autor, o que havia sido decidido <strong>com</strong>o política cambial<<strong>br</strong> />

para o Real era uma banda cambial assimétrica, isto é, um sistema em que havia um<<strong>br</strong> />

teto, mas não havia um piso para a flutuação. É o que se nota da seguinte passagem:<<strong>br</strong> />

Enquanto isso, a <strong>com</strong>binação entre as altas taxas de juros domésticas<<strong>br</strong> />

produzi<strong>das</strong> por uma apertada política monetária e a banda assimétrica<<strong>br</strong> />

da política cambial resultaram numa apreciação do real em relação ao<<strong>br</strong> />

dólar. Da paridade unitária do início do Plano, o Real apreciara-se<<strong>br</strong> />

para R$ 0,846 por dólar em 31 de dezem<strong>br</strong>o de 1994, isto é, uma

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