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Drauzio Antonio Rezende Junior Impactos das ... - Ppga.com.br

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77<<strong>br</strong> />

se danos ao valor do Real e à economia <strong>br</strong>asileira. Assim, embora não tenham ocorrido<<strong>br</strong> />

alterações na condução da política monetária de desvalorização gradual do Real, o<<strong>br</strong> />

governo viu-se forçado a gerar novas facilidades de captação de empréstimos externos.<<strong>br</strong> />

Neste ponto, porém, nota-se que o governo viu-se na contingência de escolher entre o<<strong>br</strong> />

equilí<strong>br</strong>io interno e o externo. E pelas condições políticas do momento, as eleições<<strong>br</strong> />

presidenciais, optou-se pelo equilí<strong>br</strong>io interno, no suporte ao Real, em detrimento do<<strong>br</strong> />

aumento da vulnerabilidade externa. Essa visão pode ser reconhecida nas seguintes<<strong>br</strong> />

passagens, extraí<strong>das</strong> do Boletim do Banco Central – Relatório Anual (1998, p. 109-<<strong>br</strong> />

113):<<strong>br</strong> />

A política cambial não apresentou alterações em sua orientação em<<strong>br</strong> />

1998, ainda que a grande variação do fluxo de capitais externos ao<<strong>br</strong> />

longo do ano, em função de choques ocorridos no mercado financeiro<<strong>br</strong> />

mundial, tenha determinado alterações no ritmo de desvalorização.<<strong>br</strong> />

Manteve-se o sistema de faixa de flutuação cambial, <strong>com</strong> a variação<<strong>br</strong> />

intrabanda sendo determinada pelo sistema de leilões de spread.<<strong>br</strong> />

Dentro <strong>das</strong> expectativas do mercado, os limites da faixa cambial<<strong>br</strong> />

foram elevados, por intermédio do Comunicado n° 6.002, de 20.1.98,<<strong>br</strong> />

passando do mínimo de R$ 1,05 por dólar e do máximo de R$ 1,14<<strong>br</strong> />

por dólar para R$ 1,12 e R$ 1,22, respectivamente.<<strong>br</strong> />

............<<strong>br</strong> />

A retração no fluxo de recursos, intensificada pelo efeito da crise da<<strong>br</strong> />

Ásia no mercado financeiro internacional, já se fez notar a partir de<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>il, dando início a um novo período para o mercado de câmbio,<<strong>br</strong> />

caracterizado pela redução da entrada de capitais externos e <strong>das</strong><<strong>br</strong> />

reservas internacionais. O número de leilões de <strong>com</strong>pra de câmbio<<strong>br</strong> />

pelo Banco Central diminuiu para sete em a<strong>br</strong>il, quatro em maio, seis<<strong>br</strong> />

em junho, e sete em julho. Nos meses de agosto a dezem<strong>br</strong>o, não<<strong>br</strong> />

houve leilões de <strong>com</strong>pra, <strong>com</strong> exceção de um em outu<strong>br</strong>o. Deve-se<<strong>br</strong> />

lem<strong>br</strong>ar que o Brasil foi particularmente afetado pela crise russa, pois<<strong>br</strong> />

o temor de contágio determinou inclusive a redução da classificação<<strong>br</strong> />

da dívida externa do país por empresa de rating em razão da elevação<<strong>br</strong> />

do risco soberano, o que colaborou para a queda de US$ 21,5 bilhões<<strong>br</strong> />

nas reservas internacionais do país no mês de setem<strong>br</strong>o, e de US$ 28,8<<strong>br</strong> />

bilhões em relação ao nível registrado em a<strong>br</strong>il.<<strong>br</strong> />

Cabe notar que o Banco Central não realizou leilões de venda em<<strong>br</strong> />

1998, mesmo em setem<strong>br</strong>o, período mais agudo de saída de recursos<<strong>br</strong> />

externos, contrariamente ao ocorrido na crise de outu<strong>br</strong>o de 1997.<<strong>br</strong> />

.........<<strong>br</strong> />

A amplitude da intrabanda cambial, que vinha se reduzindo até então,<<strong>br</strong> />

passou a ser aumentada, a partir de 30 de a<strong>br</strong>il, <strong>com</strong>o forma de<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>odar a maior volatilidade da taxa frente à redução no ingresso de<<strong>br</strong> />

recursos e a maior incerteza no mercado provoca<strong>das</strong> pela crise na Ásia<<strong>br</strong> />

e na Rússia. A amplitude passou de 0,437% no final de a<strong>br</strong>il para<<strong>br</strong> />

1,171% no final do ano. Assim, a taxa cambial livre (<strong>com</strong>pra) se<<strong>br</strong> />

elevou de R$ 1,1435 por dólar no final a<strong>br</strong>il para R$ 1,2079 no final<<strong>br</strong> />

do ano, o que representa desvalorização cambial de 5,6% no período e<<strong>br</strong> />

de 8,3% no ano, enquanto em 1997 atingira 7,4%. Considerada a taxa<<strong>br</strong> />

média anual (<strong>com</strong>pra), a desvalorização em 1998 atingiu 7,6%, contra<<strong>br</strong> />

7,3% em 1997.

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